A rubéola é uma doença de pouca gravidade que, frequentemente, evolui com sintomas inespecíficos, dificultando o diagnóstico em bases clínicas. Por essa razão, é necessária a confirmação laboratorial. Os métodos sorológicos são os procedimentos mais úteis para o diagnóstico da infecção pelo vírus da rubéola, seja em mulheres seja em recém-natos e lactantes. Entre esses métodos, os ensaios imunoenzimáticos (ELlSA) para detectar anticorpos lgM e lgG antirrubéola e os testes de avidez para lgG antirrubéola são os mais utilizados na atualidade.Considerando os possíveis resultados da sorologia para rubéola, avalie as afirmativas a seguir.l. A detecção de lgM contra rubéola no soro de recém-nascidos indica proteção transplacentária.ll. A presença de lgG específica antivírus da rubéola, com alta avidez, em amostra de soro da paciente demonstra imunidade para a rubéola.lll. A infecção aguda de rubéola é diagnosticada pela presença de lgM específica antivírus da rubéola numa amostra de soro da paciente.lV. Títulos de anticorpos lgG específicos antivírus da rubéola, independentemente da avidez, progressivamente aumentados nos lactantes indicam proteção à infecção.V. A infecção aguda de rubéola é diagnosticada pelo aumento dos títulos de lgG específica antivírus da rubéola, com baixa avidez, em amostras consecutivas de soro da mesma paciente.É correto apenas o que se afirma emO l e ll.O l e V.® l,lll e lV. ® ll, lll e lV. O ll, lll e V.
#ENADE
Soluções para a tarefa
A alternativa E) II, III e V.
A detecção de lgM contra rubéola no soro de recém-nascidos indica proteção passiva adquirida pela AMAMENTAÇÃO.
Praticamente todas a imunoglobulinas presentes em recém-nascidos tem origem no leite materno, no colostro.
Porém, os títulos de anticorpos IgG não representa uma proteção impenetrável em relação a rubéola, é importante vacinar os bebês para uma maior proteção, tendo em mente os problemas que a rubéola traz para as crianças.
Espero ter ajudado!
Resposta:
E) II, III e V
Explicação:
A Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) constitui uma situação clínica que
resulta da infecção intrauterina pelo vírus da Rubéola. Esse vírus infecta e
promove um infiltrado inflamatório e necrótico na placenta e no feto. A SRC
é principalmente caracterizada por surdez, catarata e dano nervoso. O teste
utilizado no diagnóstico da SRC é o ensaio imunoenzimático (ELISA) para
detecção de anticorpos específicos IgM e IgG. A presença de IgM no recémnascido (RN) indica infecção placentária, esses anticorpos decaem com os
meses. Como o RN recebeu anticorpos IgG da mãe, esses também decaem
até os seis meses de vida. Quando esses anticorpos são resultantes de uma
infecção no RN, eles mantêm e/ou aumentam suas quantidades séricas e
apresentam alta avidez. A avidez da IgG também pode indicar a fase da
infecção, sendo que as de baixa avidez estão presentes na fase aguda e as
de alta avidez na fase secundária ou na reinfecção. Assim, presença de IgM
específico no sangue do RN evidencia infecção congênita. O diagnóstico
da SCR pode ser realizado pela análise de IgM e pelo acompanhamento
da IgG da criança nos primeiros 2 anos de vida. Quantidades estáveis ou
elevadas de IgG confirmam o diagnóstico, enquanto a queda sugere que
este IgG seja de origem materna.
Afirmativa I – incorreta: IgM não cruza a barreira placentária, sua presença
indica infecção.
Afirmativa II – correta: IgG é um anticorpo de resposta imune secundária,
sempre indica imunidade.
Afirmativa III – correta: IgM é um anticorpo de fase aguda de qualquer
infecção.
Afirmativa IV – incorreta: Aumento de IgG em lactentes indica que eles
possivelmente têm SRC.
Afirmativa V – correta: A infecção aguda pode ser diagnosticada a partir do
aumento da IgG de baixa avidez.