A República não foi uma transformação pacífica. Bem ao contrário. Para além da surpresa provocada pelo golpe de Estado de 15 de novembro, seguiu‐se uma década de conflitos e violências de toda ordem, na qual se sucederam as dissensões militares, os conflitos intraoligárquicos, os motins populares, a guerra civil, o atentado político contra a vida de um presidente da República. No interior dessas lutas se forjou a transformação do Estado Imperial em Estado Republicano, do Império Unitário em República Federativa, do parlamentarismo em presidencialismo, do bipartidarismo organizado nacionalmente em um sistema de partidos únicos estaduais. Forjou‐se um novo pacto entre as elites e um novo papel para as forças armadas. Wilma Peres Costa. A espada de Dâmocles. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 16. a) Identifique e caracterize um episódio conflituoso próprio dos primeiros anos da República no Brasil. b) Explique o "novo papel para as forças armadas" a que se refere o texto
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Soluções para a tarefa
A - Um episódio de conflito do período foi a "Guerra" de Canudos, ocorrida entre novembro de 1896 e outubro de 1897,
"Guerra" pois, na prática, foi um massacre promovido por parte do Exército Brasileiro, a mando de latifundiários locais e do Governo Federal, contra os camponeses que estavam organizados na região de Canudos (norte da Bahia) e defendendo as suas próprias terras e formas de viver e de se organizar.
B - As Forças Armadas assumiram, na época, dois papéis, sendo o papel novo a participação mais efetiva do governo (até então havia poucos ministros ou conselheiros militares, e eles não tinham direito a voto), tendo chegado à presidência (inicialmente entre 1889 e 1894) e passando a ocupar um posto mais ativo na administração pública.