A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA FEMININA NAS GERAÇÕES ROMÂNTICA.
Leia os poemas dos poetas Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves, observando como a figura feminina é apresentada e indique a que geração eles pertencem. Justifique sua resposta com as características literárias já estudadas.
POEMA 01- Gonçalves Dias
OLHOS VERDES
Eles verdes são: E têm por usança, Na cor esperança, E nas obras não. CAMÕES., Rimas. São uns olhos verdes, verdes, Uns olhos de verde-mar, Quando o tempo vai bonança; Uns olhos cor de esperança, Uns olhos por que morri; Que ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi! Como duas esmeraldas, Iguais na forma e na cor, Têm luz mais branda e mais forte, Diz uma — vida, outra — morte; Uma — loucura, outra — amor. Mas ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi! São verdes da cor do prado, Exprimem qualquer paixão, Tão facilmente se inflamam, Tão meigamente derramam Fogo e luz do coração; Mas ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi! São uns olhos verdes, verdes, Que podem também brilhar; Não são de um verde embaçado, Mas verdes da cor do prado, Mas verdes da cor do mar. Mas ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi! Como se lê num espelho, Pude ler nos olhos seus! Os olhos mostram a alma, Que as ondas postas em calma Também refletem os céus; Mas ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi! Dizei vós, ó meus amigos, Se vos perguntam por mi, Que eu vivo só da lembrança De uns olhos cor de esperança, De uns olhos verdes que vi! Que ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi! Dizei vós: Triste do bardo! Deixou-se de amor finar! Viu uns olhos verdes, verdes, Uns olhos da cor do mar: Eram verdes sem esp'rança, Davam amor sem amar! Dizei-o vós, meus amigos, Que ai de mi! Não pertenço mais à vida Depois que os vi!
POEMA 02 - Álvares de Azevedo PÁLIDA IMAGEM
No delírio da ardente mocidade Por tua imagem pálida vivi! A flor do coração no amor dos anjos Orvalhei-a por ti! O expirar de teu canto lamentoso Sobre teus lábios que o palor cobria, Minhas noites de lágrimas ardentes E de sonhos enchia! Foi por ti que eu pensei que a vida inteira Não valia uma lágrima... sequer, Senão num beijo trêmulo de noite... Num olhar de mulher!
[...]
Se a vida é lírio que a paixão desflora, Meu lírio virginal eu conservei... Somente no passado tive sonhos E outrora nunca amei! Foi por ti que na ardente mocidade Por uma imagem pálida vivi! E a flor do coração no amor dos anjos Orvalhei... só por ti!
POEMA 03 - Castro Alves ADORMECIDA
A visão de uma jovem que dorme é a inspiração para este poema de amor
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço no tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina... E ao longe, num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmulos — beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afago Mesmo em sonhos a moça estremecia... Quando ela serenava... a flor beijava-a... Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante Brincavam duas cândidas crianças... A brisa, que agitava as folhas verdes, Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava ora afastava-se... Mas quando a via despeitada a meio, P'ra não zangá-la... sacudia alegre Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia Naquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas! "Virgem! — tu és a flor da minha vida!..."
POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDA!!!!!
É URGENTE!!!!! POR FAVOR!!!!
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eu não sei me desculpe eu queria mesmo te ajudar
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