A questão ambiental ganha importância
No início da década de 1970, as principais correntes de pensamento sobre as causas da
degradação ambiental culpavam a busca incessante do crescimento econômico e a "explosão
demográfica" pelo aumento da exploração dos recursos naturais, pela poluição, pelo desmatamento
e pela redução da biodiversidade.
Em 1972 foi publicado um estudo chamado Os limites do crescimento, elaborado por um grupo
de cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), liderado por
Donella Meadows (1941-2001) e financiado pelo Clube de Roma, organização não governamental
criada em 1968 pelo industrial italiano Aurelio Peccei (1908-1984) e pelo cientista britânico
Alexander King (1909-2007) e que reúne cientistas, economistas, empresários e políticos de vários
países. Esse estudo fez projeções com base em modelos computacionais e analisou cinco variáveis:
população, produção agrícola, produção industrial, esgotamento dos recursos naturais não
renováveis e poluição, concluindo que o planeta entraria em colapso nos próximos cem anos a partir
de então caso fossem mantidas as tendências de produção e consumo vigentes.
Para evitar o colapso, sugeriam a redução tanto do crescimento populacional quanto do
crescimento econômico, política que ficou conhecida como "crescimento zero". Seus defensores
passaram a ser chamados de "zeristas".
Imediatamente, os países em desenvolvimento - os que mais necessitavam de crescimento
econômico para promover as melhorias da qualidade de vida da população - contestaram essa
análise, acusando-a de ser muito simplista e de considerar que todos os países eram homogêneos
quanto ao consumo de energia e matérias-primas. O "crescimento zero" não seria viável para os
países que apenas iniciavam seu processo de desenvolvimento. Os defensores dessa política pró-
desenvolvimento, entre eles o Brasil, ficaram conhecidos como "desenvolvimentistas". Embora
criticada, a política do crescimento zero" tornou pública a noção de que o desenvolvimento poderia
ser limitado pela disponibilidade finita dos recursos naturais do planeta.
Qualquer modelo de desenvolvimento que impeça a satisfação das necessidades básicas de
moradia, alimentação, saúde, vestuário e educação dos seres humanos é insustentável do ponto de
vista tanto social quanto ambiental, uma vez que a manutenção da pobreza dificulta o
enfrentamento das questões ambientais. É necessário redefinir os objetivos e as estratégias de
desenvolvimento, o que pressupõe um padrão menos dispendioso de consumo entre a parcela mais
rica da população mundial e novos paradigmas para a sociedade como um todo.
Atividades:
1) Conforme o texto, explique a posição dos “zeristas”, e a dos "desenvolvimentistas".
2) O que analisou “Os limites do crescimento”?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1)Seu lema era: "50 anos em 5", que queria dizer que o desenvolvimento que demoraria cinquenta anos, aconteceria em apenas cinco, com o progresso rápido do país. Sua política foi marcada por: expansão do mercado consumidor, avanço dos transportes (as rodovias e os automóveis, surgindo novas empresas); avanço na produção de bens de consumo. Além disso, ele iniciou a construção de Brasília, projeto que só existia no papel, e que ele deu a iniciativa para que acontecesse.
2)criticada, a política do crescimento zero" tornou pública a noção de que o desenvolvimento poderia
ser limitado pela disponibilidade finita dos recursos naturais do planeta.
Qualquer modelo de desenvolvimento que impeça a satisfação das necessidades básicas de
moradia, alimentação, saúde, vestuário e educação dos seres humanos é insustentável do ponto de
vista tanto social quanto ambiental, uma vez que a manutenção da pobreza dificulta