A que refere-se o nível de escolaridade de uma população? E quais os problemas graves enfrentados por pessoas analfabetas?
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Resposta:
O nível de escolaridade de uma população refere-se ao tempo de estudo das pessoas.
Se o ritmo educacional da população analfabeta permanecer o mesmo dos últimos anos, o Brasil ainda levará algumas décadas para se livrar de um problema que hoje atinge um em cada dez brasileiros: o analfabetismo. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dão conta da existência de 14 milhões de analfabetos no território nacional, equivalente a 10% da sua população. As informações são da agência noticiosa do governo federal e para nós, dirigentes da UGT (União Geral dos Trabalhadores) é bastante preocupante.
O analfabetismo no Brasil vem desde o período colonial quando escravos procedentes da África serviam única e simplesmente para trabalhar. Escola era para filhos e filhas de famílias de posses. Algumas até optavam pelos melhores colégios da Europa. Até porque existiam poucas escolas no país. Há quase 10 anos o Brasil assinou um pacto, durante a Conferência Mundial de Educação, no Senegal, comprometendo-se a reduzir pela metade a taxa de analfabetismo no país até 2015, mas esse mal continua a entristecer lares e a denegrir a imagem do Brasil lá fora.
Interessante é que, entra governo, sai governo e o problema persiste. Até parece uma daquelas pragas do Egito. Ou uma moléstia grave que a Ciência não conseguiu encontrar um antídoto para eliminá-la de vez. Vários programas foram criados, como o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização, surgido há quase meio século (1967). Mas continua a surgir pessoas analfabetas em todos os cantos deste vasto e rico país. Já se passaram séculos e nenhum governante monárquico, republicano ou mesmo ditador, conseguiu cortar esse mal pela raiz.
O Brasil ter 14 milhões de analfabetos é profundamente lamentável. Isso equivale a 10% da sua população com mais de 15 anos. É verdade que tivemos alguns avanços registrando-se em 15 anos uma queda de 32% para 10% o percentual de pessoas que não sabem ler e escrever. Isso a partir de 1992 até 2007 porque de lá para a cá a situação permanece estagnada. E a Unesco acha que vai ser difícil o Brasil atingir a meta esperada para 2015 porque exigirá um esforço muito maior do que o que está sendo feito. O governo Lula vem enfrentando esse desafio através do programa Brasil Alfabetizado, cuja meta é atender 2,2 milhões de pessoas este ano. Se continuar assim chegaremos a 2015 com um total de 12 milhões alfabetizados.
A maioria dos analfabetos não acredita na sua capacidade de aprender e isso contribui para potencializar e multiplicar situações de exclusão, além de submeter a situações de constrangimentos e preconceitos. Quem não sabe ler e nem escrever vive numa escuridão. Isolado do mundo. Agora, quando uma dessas pessoas idosas consegue se alfabetizar, chega a se extravasar de alegria. É como se tivesse permanecido durante décadas numa prisão e, depois de freqüentar uma escola, ganhar a liberdade.
Finalizando, é importante destacar a existência no Brasil do analfabeto funcional. A Unesco qualifica isso como aquele indivíduo com menos de quatro anos de estudos completos. Esse analfabeto, em geral, lê e escreve frases simples, mas não é capaz de interpretar textos e colocar as idéias no papel. O INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional), ligado ao IBOPE constatou em 2007 que 7% dos brasileiros são analfabetos e 21% têm habilidades rudimentares ou funcionais.
Como se pode notar, a situação é séria e alguma coisa precisa ser feita porque o analfabetismo é triste para quem o tem e vergonhoso para a Nação que a mantém.
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