a) Qual é a linguagem que Descartes acredita que pode ser usada para descrever todos os eventos da natureza? Você acha que é possível usá-la na Psicologia?
b) Descartes desenvolveu 4 regras para se chegar à verdade em qualquer área do conhecimento – escreva quais são elas e diga porque cada uma delas deve ser usada.
c) Para Descartes, usar o pensamento é um caminho válido para buscar o conhecimento. Qual é este caminho (método) que ele usa para a busca do conhecimento?
d) Como o Inatismo entende a Razão e a Verdade?
e) Quais são os tipos de experiências que os Empiristas consideram válidas?
t) Para John Locke, empirista inglês, as ideias não são inatas como acreditava Descartes e Platão. Então como são adquiridas as ideias e o conhecimento?
g) Para Locke, todas as ideias que temos vêm de onde?
h) Como o Empirismo entende a Razão e a Verdade?
Soluções para a tarefa
a) O pensamento de Descartes sobre a linguagem: o homem é dotado de "razão", "de conhecimento" e isso permite-lhe combinar as palavras para exprimir pensamentos, independentemente do grau de inteligência, sendo clara a distinção cartesiana entre corpo e mente e o princípio de que o homem tem consciência do pensar como atividade separada do corpo. Esta é a base do pensamento racionalista.
Hoje sabemos não ser possível cair no dualismo cartesiano "corpo" - "mente". Sabemos atualmente que não só o "corpo" mas também o "pensamento" têm uma base biológica e sabemos que não é mais possível dissociar o raciocínio, os juízos e até os próprios sentimentos do organismo humano.
b) Segundo Descartes, do ponto de vista da lógica, seriam necessários apenas quatro preceitos:
. Verificar: não aceitar jamais alguma coisa como verdadeira que não se conheça evidentemente como tal.
. Análise: dividir cada uma das dificuldades que “examinadas em tantas parcelas possíveis e que fossem necessárias para melhor resolvê-las.
. Sintetizar: conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer até o conhecimento dos mais compostos
. Enumerar: fazer em toda parte enumerações tão completas, e revisões tão gerais, até ter certeza de nada omitir.
c) O caminho ou método que Descartes usa para a busca do conhecimento é que se deve rejeitar como falso tudo aquilo que possa ser posto em dúvida. A dúvida é, portanto, um momento necessário para a descoberta da substância pensante, da realidade do sujeito que pensa. Através da dúvida metódica, Descartes chega à descoberta de sua própria existência enquanto substância pensante.
d) A concepção inatista parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais ou importantes para o desenvolvimento.
As qualidades e capacidades básicas de cada ser humano: sua personalidade, seus valores, hábitos e crenças, suas reações emocionais e mesmo sua conduta social, já se encontrariam basicamente prontas e em sua forma final por ocasião do nascimento, sofrendo pouca diferenciação qualitativa e quase nenhuma transformação ao longo da existência.
e) Os tipos de experiências que os Empiristas consideram válidas são aquelas que são adquiridas da experiência prática ou concreta, que temos cotidianamente, ou seja, que as nossas estruturas cognitivas somente aprendem por meio da vivência e das apreensões de nossos sentidos.
f) Para John Locke, os seres humanos nascem com a mente vazia. A partir das primeiras experiências que temos é que surgem as primeiras ideias, que nada mais são do que representações das coisas concretas, percebidas por meio dos órgãos dos sentidos e acumuladas desde o nascimento.
g) Para Locke, é a partir do contato físico com os objetos, que a mente transforma os dados obtidos em ideias simples. Essas ideias simples vão sendo combinadas pela própria atividade racional e vão formando outras que são denominadas complexas.
Assim é sucessivamente, até que se possa chegar a ideias com alto grau de complexidade lógica. Mas, por fim, tudo o que habita a mente humana, de alguma forma, tem sua origem na experiência concreta.
h) Para o Empirismo, o objeto é, em última análise, o que determina o conhecimento, e por mais que nossa mente seja habitada por ideias diversas, nada existe na razão que não tenha antes passado pelos sentidos.
Bons estudos!