Saúde, perguntado por dtrevisansouza, 8 meses atrás

a quais fatores podemos atribuir o crescimento da fitoterapia no Brasil na atualidade​

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Respondido por luawolfdark
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Resposta:

A fitoterapia e o uso de plantas medicinais fazem parte da prática da medicina popular, constituindo um conjunto de saberes internalizados nos diversos usuários e praticantes, especialmente pela tradição oral. Esta prática diminuiu frente ao processo de industrialização, ocorrido no país, nas décadas de 1940 e 19501. Trata-se de uma forma eficaz de atendimento primário a saúde, podendo complementar ao tratamento usualmente empregado, para a população de menor renda2.

A realização segura desses atendimentos está vinculada ao conhecimento prévio do profissional de saúde sobre a terapêutica com fitoterápicos ou plantas medicinais. A orientação para uma utilização adequada, sem perda da efetividade dos princípios ativos localizados nas plantas e sem riscos de intoxicações por uso inadequado é fundamental3.

Schenkel4 verificou que além da utilização dos medicamentos alopáticos, a população que busca atendimento nas unidades básicas de saúde (UBS) também utiliza plantas medicinais com fins terapêuticos, muitas vezes desconhecendo a possível existência de efeitos tóxicos, além de não ter entendimento quanto à sua ação terapêutica; qual forma mais correta de cultivo; preparo; quando cada planta pode ser indicada e em quais casos são contraindicadas. Tanto Schenkel4 quanto Marques5 sugerem a existência de uma crença de não haver nenhum efeito prejudicial à saúde com o emprego de fitoterápicos.

Discussões em torno da implantação da fitoterapia na rede municipal de saúde, ou na atenção primária de saúde, se tornam contraditórias em relação aos preceitos da biomedicina, já que os discípulos desta doutrina se esforçam para eliminar as concepções curativas não baseadas em normas científicas6. O crescimento do trabalho desenvolvido com plantas medicinais e fitoterápicos se apresenta como uma alternativa à referência biomédica de saúde, porém, ainda praticamente inexistente nos serviços de saúde tanto públicos como privados7.

Observa-se um crescimento na utilização de fitoterápicos pela população brasileira. Dois fatores poderiam explicar este aumento. O primeiro seriam os avanços ocorridos na área científica, que permitiram o desenvolvimento de fitoterápicos reconhecidamente seguros e eficazes. O segundo é a crescente tendência de busca, pela população, por terapias menos agressivas destinadas ao atendimento primário à saúde8.

Porém como apontado por Leite9, o interesse por parte dos gestores municipais na implantação de programas de uso de fitoterápicos na atenção primária a saúde, aparece associado apenas à concepção de que esta seria uma opção para suprir a falta de medicamentos. Segundo o autor, só são contabilizados ganhos em custos pela utilização de fitoterápicos e não os benefícios.

Explicação:espero que minha resposta esteja certa...

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