A promulgação da Lei Áurea, em 1888, não significou a consolidação da igualdade civil para os ex-escravizados. Embora tivessem sido libertados, o Império Brasileiro não tomou medidas efetivas para integrá-los econômica, política, social e culturalmente. Na realidade, o preconceito e a ideia de
inferioridade racial se estabeleceram como parte estruturante da nação. Mais tarde, já no período republicano, surgiram explicações ligadas à “democracia racial” visando evidenciar a formação do Brasil como resultado da mistura de diferentes povos. Essas explicações, porém, colocavam em segundo
plano quaisquer tentativas de discutir os legados da escravidão, isto é, as desigualdades e o preconceito experimentados dia a dia pela população afrodescendente.
Diante do exposto, redija um pequeno texto procurando responder a seguinte pergunta: Na atualidade, em quais aspectos é possível notar os legados da escravidão e quais ações podem ser realizadas para
reparar as injustiças provocadas por ela?
Soluções para a tarefa
De fato, a escravidão no Brasil deixou muitas marcas, principalmente ao preconceito e racismo estruturais, os quais foram formados posteriormente ao fim da escravidão, no sentido de que muitas pessoas ainda tratam pessoas de cor escura de forma inferiorizada.
Com isso, torna-se mandatória o desenvolvimento de uma educação que aponte as diferenças de forma natural, para as próximas gerações, tornando-as mais conscientes.
Resposta:
Impactos de séculos de utilização da mão de obra escrava repercutem nas dimensões social e econômica do Brasil.
Trazidos da África desde o início do século XVI, trabalhadores escravos negros tiveram importante papel na economia do Brasil até o século XIX e ajudaram a compor nossa cultura. Embora os números da chamada “diáspora africana” não sejam precisos, é consenso que nosso país foi o destino mais frequente dos milhões de homens e mulheres feitos cativos no continente africano, por mais de trezentos anos (veja infográfico). “As relações escravistas no Brasil foram complexas e seus impactos culturais são inúmeros”, afirma Leandro Jorge Daronco, doutor em História e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e farroupilha.
É preciso lançar pelo menos dois olhares sobre os legados da escravidão no Brasil, segundo o historiador.
O segundo ponto seria a presença determinante do trabalho negro nos principais ciclos produtivos da história brasileira: açúcar, ouro, pecuária, café, entre outros. O escravo tornou-se imprescindível ao funcionamento da colônia e, mais tarde, do Brasil Imperial. Ao mesmo tempo, a escravidão produziu mazelas históricas em nosso país que dificilmente poderão ser reparadas. Uma dessas marcas é a segregação étnico-racial.
Explicação: