A--por que as cidades axumitas reunião populações de origens tão diferentes??pfv me ajudem
B--o que ha de excepcional no cristianismo adotado pelo governo de axum
Soluções para a tarefa
O Império de Axum ou Aksum (também chamado de Reino de Axum/Aksum) foi um reino africano que se tornou conhecido pelos povos da região, incluindo o Mediterrâneo, por volta do século I. Tinha a sua capital na cidade de Axum, na atual Etiópia, embora as cidades mais prósperas fossem os portos do mar Vermelho de Adúlis e Matara, na actual Eritreia. Tal como, mais tarde, os reis da Etiópia acreditavam ser descendentes do rei Salomão e da rainha de Sabá, os monarcas axumitas tinham a mesma crença. A cidade de Axum foi aparentemente fundada por volta de 100 d.C., mas a região circundante é habitada há milênios.2 A terra de Punt, mencionada pelos antigos egípcios como fonte de mirra, localizava-se possivelmente na zona de Axum.2 Por volta de 500 aC surgiu na área uma cultura pré-Axumita, chamada Da'amat, com ligações culturais com o sul da vizinha península Arábica.2 De fato, desde o segundo milênio a.C. até o século IV d.C., a região de Axum foi colonizada por imigrantes sabeus vindos da península Arábica. A influência da cultura dos sabeus é vista na arquitetura e na língua do império, o ge'ez.
A partir deste contexto, Axum foi sede de um dos estados mais poderosos da região entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia, cujo poder estendeu-se do século I ao XIII d.C.3 O auge da cidade e do Império de Axum ocorreu no século IV d.C., quando o território controlado abrangia a atual Etiópia, o sul do Egipto e parte da Arábia, no sul do atual Iêmem.3 O comércio marítimo, com rotas que chegavam até o Ceilão, era realizado através do porto de Adúlis (na atual Eritreia).3 Segundo o autor grego anônimo do "Périplo pelo mar da Eritreia", datado do século I d.C., Adúlis exportava escravos, marfim e cornos de rinoceronte.2 Relações comerciais foram mantidas com a então província romana do Egipto desde o século I e com a Índia a partir do século III; o comércio continuou com o Egipto, Síria e o Império Bizantino até o século VII.2 A área da cidade chegou a cobrir 250 acres e estima-se que a população alcançou 20.000 pessoas no seu auge.2 A desaparição do império de Meroé, por volta de 320 d.C., pode estar relacionado ao crescimento de Axum, que com isso pôde redirecionar o comércio de marfim do rio Nilo ao porto de Adúlis.2 Sinal da importância econômica da cidade foi a cunhagem de moedas, que começou no século III e continuou até o século VII.
Com base na história de Teodoreto e outras evidências, considera-se que o cristianismo foi adotado como religião estatal de Axum em 330, o que criou laços religiosos com o Egito (então cristão) e Constantinopla. O rei Ezana foi convertido ao cristianismo por Frumêncio, um monge sírio que foi mais tarde feito bispo pela Igreja Copta egípcia.2 A partir dessa época, os reis cristãos de Axum construíram palácios e igrejas, entre estas a primeira Igreja de Santa Maria, levantada em finais do século IV, segundo uma lenda, na área de um lago que secou milagrosamente.2 Achados arqueológicos e antigos textos mostram que a cidade contou com palácios e casas nobres de pedra com vários andares, mas a maioria das moradas em Axum eram de barro e cobertas de palha.
Segundo a tradição religiosa da Igreja Ortodoxa Etíope, recolhida na obra Kebra Nagast (século XIII), foi de Axum que partiu Makeda, a rainha de Sabá, para visitar o rei Salomão em Jerusalém.6 Ainda segundo a tradição, da união entre ambos nasceu Menelik, que após visitar o pai trouxe à Etiópia a Arca da Aliança, que até hoje estaria numa capela do complexo da Igreja de Santa Maria de Sião.
A partir do século VII se inicia a decadência de Axum, primeiro devido à instabilidade comercial causada pelas disputas entre bizantinos e os persas do Império Sassânida e, após 632, pela expansão dos domínios dos árabes muçulmanos.2 Apesar de que as relações com os muçulmanos foram inicialmente amistosas, a partir do século VII a ascensão da dinastia omíada causou seu declínio final. Os árabes dominaram o comércio do mar Vermelho, conquistando Adúlis e cortando as rotas comerciais do Império de Axum.2 A produção agrícola caiu, provavelmente por problemas ambientais e de excessiva exploração da área circundante da cidade, que nos finais do século VIII foi reduzida a um vilarejo.2 As elites abandonaram a cidade, assim como os reis, que transferiram a capital ao sul. Apesar haver mantido sua importância simbólica, especialmente religiosa, os líderes da igreja etíope deixaram a cidade na metade do século X.2 Decadência. Após um longo período de obscuridade, Axum começa a reviver a partir do século XV. A Igreja de Santa Maria de Sião foi reconstruída em 1404, e novos bairros de moradia foram criados no século XVI.2 Porém, em 1535, a cidade foi invadida e destruída pelo chefe militar somali Ahmad ibn Ibrihim al-Ghazi. Nos séculos seguintes, Axum foi vítima de pragas de gafanhotos, cólera e fome que dizimaram a população.2 A importância simbólica para a religião e realeza etíope, porém, nunca foi esquecida.