[...] A participação militar da Igreja, na sociedade medieval, desenvolveu-se a partir das justificações teológicas, do ato de fazer a guerra. [...] Média, esse processo intensificou-se e, a partir do século IX, houve uma santificação do ato de fazer a guerra que, somado ao fortalecimento político da Igreja com a Reforma Gregoriana, culminou nas Cruzadas. Dessa forma, é importante reconhecer as Cruzadas como uma guerra santa, fruto de um longo processo de militarização da Igreja Cristã. Deste modo, analise a afirmação que faz a diferenciação entre Guerra Justa e Guerra Santa.
Marque a alternativa correta.
Alternativas
Alternativa 1:
A Guerra Justa era tolerada e a Guerra Santa rejeitada pela Igreja.
Alternativa 2:
A Guerra Justa ainda era possível de penitênica, enquanto que a Guerra Santa, além de permitida, era também incentivada pela Igreja.
Alternativa 3:
Ambas as Guerras eram aceitas pela a Igreja.
Alternativa 4:
A Guerra Justa era realizada em busca de novos territórios, enquando a Guerra Santa para a conversão dos pagãos.
Alternativa 5:
Ambas as Guerras eram totalmente negadas pela Igreja.
Soluções para a tarefa
alternativa 3
guerra justa:Santo Agostinho utilizou-se
de seus conhecimentos acerca da filosofia
antiga e das Sagradas Escrituras para
fundamentar um conceito de guerra justa.
Primeiramente, a guerra é vista
por Santo Agostinho como um
instrumento em busca da Paz; este autor
entendia a guerra como uma forma de
estabelecer a ordem na sociedade. Em sua
visão, todos procuram a paz, mesmo ao
fazer a guerra:
As próprias guerras, portanto, são
conduzidas tendo em vista a paz .
O ato de guerrear, outrora
apresentado como um instrumento do
mal, passa a ser visto como uma
ferramenta para restabelecimento da paz
na ordem social. Santo Agostinho busca
em sua filosofia uma justificação das
causas da guerra e da impossibilidade de
uma sociedade que se estabeleça de forma
periférica a tal atividade.
guerra santa:Guerra santa é uma guerra causada por diferenças entre as religiões. São Tomás de Aquino desenvolveu estes critérios, e os seus escritos foram usados pela Igreja Católica Romana para regulamentar as ações dos estados europeus.
O termo "guerra religiosa" foi usado para descrever, de forma controversa na época, o que hoje é conhecido como guerras europeias de religião, e, especialmente, Guerra dos Sete Anos os então em curso, desde pelo menos o meados do século XVIII.[1]
Resposta:
Alternativa 3:
Ambas as Guerras eram aceitas pela a Igreja.
Explicação:
qual a diferença entre guerra justa e guerra santa. Para o seu esclarecimento, faremos uma breve definição.
Quando Santo Agostinho desenvolveu o conceito de guerra justa, a Igreja passou a justificar o ato bélico, todavia, a guerra, apesar de justa, continuava a ser algo pecaminoso e que deveria ser evitada pelos homens, sendo realizada somente em casos muito bem delimitados. Com o desenvolvimento do conceito de guerra santa, o pensamento e a posição da Igreja em relação à guerra invertem-se completamente. Como explica Moretti Junior: “O que era passível de penitência tornou-se motivo de salvação. E a guerra, além de justa, passou a ser considerada Santa (MORETTI, 2015, p. 29).
pag 170 livro história de igreja I Unicesumar.