Geografia, perguntado por jadebarross, 11 meses atrás

)A origem da ''Questão Essequibo'' está no processo de expansão colonial desses dois países. Explique como se deu esse processo de expansão. b)Esses dois paises ja chegaram a um acordo definitivo sobre a posse do território de Essequibo? c) Que recursos naturais são encontrados na Guiana, na Venezuela e na Colômbia?

Soluções para a tarefa

Respondido por Sabrinaalmeid4
17
Olá,

        a) A Capitania Geral da Venezuela compreendia os territórios da antiga Província de Guayana, que ocupavam toda região do delta do rio Orinoco e leste do rio Essequibo. Desta forma quando ocorreu a independência os dois territórios queriam a posse deste território, a expansão ocorreu através de tratados que deram o direito a Guina, porém a Venezuela não aceitou e até hoje reivindica por este território.

           b- Não, como dito na questão anterior mesmo que oficialmente o território pertença a Guiana a Venezuela ainda reivindica seu território, mantendo o conflito.

           c- 
Petróleo,gás,bauxita,minério de ferro,diamantes e ouro..
Respondido por vpjrnebs
0

Resposta:

letra A

Explicação:

A disputa na região remonta ainda ao século XIX, quando os ingleses compraram as terras do Essequibo, que até então estavam sob domínio holandês, estabelecendo a Guiana Inglesa, em conjunto com as colônias vizinhas de Berbice e Demarara.

Origem da disputa

Estando sob controle do território, a Coroa Britânica contratou o naturalista Robert Schomburgk para realizar expedições pela área com o intuito de estabelecer as fronteiras da nova colônia.

Destas expedições, resultou a Linha Schomburgk. Porém, tal demarcação foi muito contestada, tanto pelo Brasil, quanto pela Venezuela.

No caso brasileiro, ela foi resolvida ainda no início do século XX por Joaquim Nabuco e ficou conhecida como Questão do Pirara. Da área reclamada, cerca de 59% (19.630 km²) ficou sob domínio inglês/guianense, enquanto o Brasil ficou com apenas 41% (13.570 km²), perdendo o acesso à Bacia do Essequibo.

Já para a Venezuela, era arbitrária a colocada da região a oeste do Essequibo como território inglês. Para eles, a região foi originalmente ocupada por missões espanholas, sendo venezuelana por direito.

Os EUA, pautados na Doutrina Monroe (“a América para os americanos”) e repudiando a intromissão europeia em questões do continente americano, passou a apoiar a Venezuela, convocando um tribunal arbitral para solucionar o conflito.

Para a viabilização do tribunal, que se reuniu durante dois anos e meio em Paris, foram indicados cinco juristas, dois americanos, sendo um indicado pela Venezuela e outro indicado pelos EUA, dois ingleses e um russo, indicado por ambas as partes, que daria o voto de minerva caso necessário.

As negociações geraram o Laudo de Paris, que definiram que a maior parte da área reclamada (entre os rios Essequibo e Cuyuni) ficaria sob domínio inglês, enquanto uma porção a oeste do rio Cuyuni, antes reivindicada pelos ingleses, passaria para a tutela venezuelana.

Esta configuração do território permaneceu assim por cerca de sessenta anos.

A contestação venezuelana e a independência da Guiana

Em meados de 1962, durante o governo de Rómulo Betancourt, a Venezuela passou a contestar a decisão do Laudo de Paris.

Dentre os motivos que trouxeram o assunto a tona novamente, podemos citar o surgimento de suspeitas de um coluio entre o diplomata russo responsável pelo voto de minerva, Frederic de Martens, que fez seu doutorado na Universidade de Cambridge (Inglaterra), e os dois jurados ingleses.

Além do mais, se passou a questionar o porquê de, enquanto a Inglaterra ter dois jurados com nacionalidade inglesa, a Venezuela foi representada por americanos, sendo apenas um deles nomeado por Caracas.

 

As potências ocidentais, como os EUA e até mesmo a Inglaterra, deram razão às ponderações venezuelanas. Este apoio se deve principalmente pelo fato de que, neste período, a Guiana Inglesa estava prestes a conseguir sua independência, com a ascensão de um governo marxista-lenista.

Em um contexto de Guerra Fria, onde os comunistas conquistavam o poder em Cuba, era temido pelas potências do mundo capitalista, especialmente pelos EUA, a formação de mais um Estado socialista nas Américas.

Assim, a Venezuela conseguiu a assinatura do Acordo de Genebra, que iria promover uma Comissão Mista para reabrir as negociações. Os venezuelanos passaram a considerar o Essequibo como parte do seu país nos mapas oficiais, mesmo esta região correspondendo a cerca de 2/3 da área total da recém independente Guiana.

Após algumas ações mais incisivas de ambos os lados, a partir de 1970 a Guiana acabou ficando em situação desfavorável para reivindicar uma quebra no acordo.

Isto se deve pois o Brasil, na época sob o regime militar, militarizou sua fronteira com a ex-colônia inglesa, agora sob comando de um governo esquerdista. Sendo impossível uma disputa em duas frentes por parte de Georgetown, o país recém independente buscou relações mais amistosas com os vizinhos venezuelanos, diminuindo a força de seu posicionamento em relação ao Essequibo.

Quando um governo de direita enfim chegou ao poder na Guiana, as tensões voltaram a existir. A Venezuela passou a agir diplomaticamente contra os guianenses, se opondo à construção de uma hidrelétrica no país e à contração de empréstimos por parte de Georgetown em órgãos financeiros supra-nacionais. A questão do Essequibo, neste período, passou a ser questão de segurança nacional para os dois países.

A partir da década de 1980, a disputa passou para égide da ONU. A partir daí, relações amistosas voltaram a ser estabelecidas. Guiana e Venezuela passaram a tomar medidas de cooperação, como ocorreu no caso da integração elétrica entre os dois países e na aliança militar contra o tráfico de drogas.

Tal cenário foi ainda reforçado no governo de Hugo Chavez, quando Caracas perdoou a dívida externa da Guiana para com os venezuelanos.  

Quadro atual: Exxon Mobil e o governo Maduro

Perguntas interessantes