A ocupação colonial na África, mesmo tendo como estímulo maior o interesse por matérias-primas baratas, foi defendida com o argumento de que a presença dos europeus permitiria que as sociedades africanas se civilizassem a partir do contato e da adoção dos modos de vida e das ideias da cultura ocidental. A subjugação dos chefes e de seus povos foi caminho não só para a implantação de relações econômicas vantajosas para os países colonizadores, mas também para a disseminação de determinadas maneiras de pensar, de organizar o conhecimento, de entender as coisas do mundo, próprias da cultura europeia ocidental. Para isso foram importantes os missionários religiosos e os professores formados dentro de uma elite africana que recebeu instrução escolar, nas línguas dos países colonizadores, e que constituíram uma categoria de africanos ocidentalizados.
MELLO E SOUZA, Marina. África e Brasil Africano. Editora Ática, São Paulo, 2006.
No fragmento acima, a autora discorre sobre a presença europeia no continente africano por meio de uma ocupação colonial que transformou drasticamente a África. Sobre essa ocupação podemos afirmar que:
a) Contribuiu decisivamente para a implementação de uma infra estrutura básica de comunicação, transporte e saneamento básico nos países africanos, além de ter sido fator decisivo na organização social e política destes povos até então destituídos de qualquer projeto nacional;
b) Teve como marco fundamental a chamada Conferência de Berlim que ocorreu nos anos de 1884 e 1885 quando as potências europeias definiram a partilha da África e sua ocupação colonial voltada, sobretudo, para a exploração econômica e dominação política de diversos reinos;
c) Promoveu a cooptação das elites africanas, a exploração da força de trabalho nativa em condições análogas a escravidão, a extração de matérias-primas e a ocidentalização de integrantes das elites de reinos africanos, ocasionando graves consequências futuras aos países africanos;
d) Permitiu que os reinos africanos se ocidentalizassem em um processo civilizatório que promoveu o desenvolvimento técnico-científicos destes povos, estimulando sua emancipação e a formação de Estados Nacionais alinhados ao Ocidente que viabilizaram sua autodeterminação;
e) Findou apenas no pós guerra, a partir de 1945, quando movimentos nacionalistas no Magreb (norte da África) e na África Sub-saariana estimularam a luta anticolonialista que culminou nas guerras de independência e a emancipação política dos Estados Nacionais africanos até a década de 1970.
Assinale uma alternativa:
Valor da Questão: 1.00 Ponto(s)
Alternativas:
a) Apenas as alternativas A, C e D estão corretas;
b) Apenas as alternativas B, C e E estão corretas;
c) Apenas as alternativas A, B e E estão corretas;
d) Apenas as alternativas C, D e E estão corretas;
e) Apenas as alternativas A, B e D estão corretas.
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Olá,
tudo bem?
Estão corretas as assertivas B, C e E. A alternativa B deve ser assinalada.
O
processo de colonização da África foi intensificado após a
Conferência de Berlim, onde estabeleceram-se os países que
dominariam determinado território. Apesar da exploração ter sido
justificada com o argumento de levar desenvolvimento ao continente
africano, isso não ocorreu na prática, sendo o colonialismo uma
ferramenta de perpetuação atraso cultural e econômico, pois desde então as riquezas, terras
e conhecimento intelectual permaneceram somente com a elite durante
décadas. Ainda houve a permanência de políticas racistas e
excludentes até a década de 1990.
Espero
ter ajudado!
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