A notícia da independência não foi bem recebida em todos os lugares do Brasil. Alguns
militares e comerciantes portugueses revoltaram-se e decidiram lutar para manter os antigos
laços de união com Portugal. Entre esses confrontos, quais se destacaram?
Soluções para a tarefa
Resposta: Como as forças militares brasileiras não formassem ainda uma tropa bem treinada, era necessário organizá-las. Providenciou-se a compra de armas, de navios e foram recrutados militares estrangeiros, franceses e ingleses, que atuaram como mercenários. A ajuda das milícias populares, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, foi muito importante na luta contra os portugueses.
Explicação:A Guerra da Independência, ocorrida entre 1822 e 1824, representou a luta dos patriotas, aqueles que, imbuídos de um forte nativismo, se contrapunham à recolonização proposta pelas Cortes portuguesas.
Oficializada a separação política de Portugal, a Independência não foi aceita imediatamente por todos. Governadores de algumas províncias resistiram em aceitar a separação, apoiados pelas tropas militares portuguesas. Embora o sul permanecesse coeso, nas províncias do Norte - Maranhão e Grão-Pará -, na Bahia, no Mato Grosso, e na Cisplatina houve lutas entre partidários de Portugal e os defensores da Independência do Brasil. Essas províncias contavam com grande número de tropas e comerciantes portugueses com interesses muito mais ligados a Portugal do que ao Rio de Janeiro. Além disso, muitos ressentimentos acumulados contra a "nova Lisboa", faziam com que as juntas governativas permanecessem ligadas às Cortes de Lisboa.
Como as forças militares brasileiras não formassem ainda uma tropa bem treinada, era necessário organizá-las. Providenciou-se a compra de armas, de navios e foram recrutados militares estrangeiros, franceses e ingleses, que atuaram como mercenários. A ajuda das milícias populares, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, foi muito importante na luta contra os portugueses.
Na Bahia, em inícios de 1822, a população se rebelou contra as tropas portuguesas comandadas por Madeira de Melo, cercando a cidade de Salvador.
Apesar do envio de tropas do Rio de Janeiro, lideradas pelo brigadeiro francês Labatut, os rebeldes não conseguiram vencer os portugueses, que, por seu lado, também receberam reforços, mas ficaram isolados em Salvador. Nessa ocasião, os soldados portugueses invadiram o convento da Lapa, em busca de "patriotas" escondidos, assassinando a madre superiora, irmã Joana Angélica, que tentou impedir a invasão.
Os patriotas retiraram-se para o interior, dominaram todo o Recôncavo Baiano, controlando inclusive a ilha de Itaparica. Nesses grupos de guerrilheiros voluntários estava Maria Quitéria de Jesus Medeiros, filha de um fazendeiro do interior , que teve atuação importante na luta contra as tropas de Madeira de Melo, recebendo, mais tarde, a medalha Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul.
Em maio de 1823 chegou à Bahia uma esquadra comandada pelo Almirante Lord Cochrane. As tropas de Madeira de Melo não tinham mais condições de resistir. Ameaçadas pela fome, pois com o Recôncavo dominado pelos "patriotas" era cada vez mais difícil conseguir alimentos, deixaram Salvador no dia 2 de julho, data em que, na Bahia, se comemora a Independência.
As províncias do Norte, formadas pelo Maranhão, Piauí e pelo Grão-Pará, estavam mais ligadas a Portugal do que às províncias do Sul. Assim, quando foi proclamada a Independência, preferiram se manter fiéis às Cortes de Lisboa.
Os confrontos que se destacaram no processo de independência do Brasil foram a Batalha do Pirajá (Bahia) e a Batalha do Jenipapo (província do Piauí).
A batalha do Pirajá ocorreu na Bahia) e foi uma das batalhas mais sangrentas da independência do Brasil, onde D. Pedro I enviou reforços para a região para expulsar os portugueses que ainda resistiam à independência do Brasil.
A Batalha do Jenipapo ocorreu em Campo Maior na província do Piauí em 1823, entre camponeses das províncias do Maranhão, Piauí e Ceará e tropas portuguesas que não aceitavam a independência do Brasil.
Os camponeses saíram derrotados, afinal enfrentaram as tropas portugueses bem armadas com paus, pedras e facas. Porém as tropas portuguesas saem enfraquecidas desta batalha. No final foram derrotados com o comandante João Fidié sendo enviado de volta para Portugal.
Após a declaração de independência feita por D. Pedro I, as províncias da Bahia, Pará, Maranhão, Piauí e Cisplatina não reconheceram a independência o que ameaçou a unidade territorial.
O reconhecimento da independência não ocorreu em algumas regiões porque haviam também muitos funcionários públicos, comerciantes e alguns militares portugueses que moravam no Brasil e não aceitavam a independência em relação a Portugal e também grupos que tinham a intenção de restaurar a colonização portuguesa no Brasil. Alguns setores da província Cisplatina também não aceitavam a independência do Brasil
Bons estudos!
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