A nossa tendência é colonizar o outro, ou partir do princípio de que eu sei e ensino ele. Ele não sabe. Eu sei melhor e sei mais do que ele. Toda a estrutura do ensino no Brasil, criticada pelo Professor Paulo Freire, é fundada nessa concepção. O professor ensina e o aluno aprende. É vidente que nós sabemos algumas coisas e, aqueles que não foram à escola, sabem outras tantas, e graças a essa complementação vivemos em sociedade. Como disse um operário num curso de educação popular: ‘sei que, como todo mundo, não sei muitas coisas’. Numa sociedade como a brasileira em que o apartheid é tão arraigado, predomina a concepção de que aqueles que fazem serviço braçal não sabem. No entanto, nós que fomos formados como anjos barrocos da Bahia e de Minas, que só têm cabeça e não tem corpo, não sabemos o que fazer das mãos. Passamos anos na escola, saímos com Ph.D., porém não sabemos cozinhar, costurar, trocar uma tomada ou um interruptor, identificar o defeito do automóvel [...] e nos consideramos eruditos.” (BETTO, 2014, p. 18).
Para que isso não prejudique o nosso entendimento sobre a diversidade, é importante que nos utilizemos dos conceitos da:
Responsabilidade.
Alteridade.
Fragilidade.
Autoridade.
Identidade.
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Resposta: Alteridade
Explicação: Alteridade é a natureza ou condição do outro, do que é distinto, daí surge ideias básicas sobre diversidade, aquilo que é diferente, e o aceitamento da mesma.
Alteridade não significa que tenha de haver uma concordância, mas sim uma aceitação de ambas as partes, evitando desentendimentos.
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