A nossa sensibilidade, a nossa capacidade de sentir, compõe saber sobre o mundo?
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O problema ao que responde este ensaio é o da sensibilidade dos saberes constituídos no campo da educação e através dos quais nos tornamos professores. As coordenadas acadêmicas e científicas são as que medem a legitimidade de um saber, seu terreno de abrangência e campo de influência. Com elas, temos procedido na elaboração e implementação desses saberes. Não obstante, muitos de nós que trabalhamos com formação de professores manifestamos, continuamente, insatisfações com os ângulos e limites que os eixos destas coordenadas nos impõem. Sua condição funcional de ciência e sua constituição normativa metodológica definem, não, apenas, o lugar de autoridade que estes saberem ocupam, mas, suas formas de uso. Ao indagar as capas desses saberes, localizamos a perspectiva pedagógica da que participam e com a qual se identificam. Não se pretende, aqui, analisar ou impugnar a importância de saberes docentes historicamente constituídos e dominantes, mas concentrar- nos nas condições de possibilidade dos saberes, mediante a problematização de sua capacidade sensível.
Um saber é indiscernível de uma percepção e de uma sensibilidade. Isso implica algo tão elementar como o foco de curiosidade por certas situações de realidade e as consequentes associações, mesclas e relações as que procedemos, de acordo com a lógica que opera neste saber. Para cada elemento incômodo ou variável capaz de atuar em uma situação, infinitos outros não serão captados por sua lógica e não perturbarão sua sensibilidade. Simplesmente, não chegam a ser detectados e, se o são, tal lógica não dispõe de maneiras de registrá-los ou de conectores para serem associados.
Qualquer que seja a lógica em questão, uma forma de percepção e uma capacidade sensível predomina nela. Consideremos que, pese a permanente revisão no campo da educação, nas mais distintas áreas, a lógica dos saberes com os quais aprendemos a ser professores e hoje ensinamos, reafirma o mesmo modo de funcionamento deste domínio e seus métodos formativos. Todo o estranhamento externo ou interno, coletivo ou individual, inidentificável pelo capacitor sensível que aí se constitui e que aprendemos a reproduzir, será imperceptível. E, desse modo, inabarcável como matéria propositiva de saber. Por isso, este texto tende a provocar as condições e constituições dos saberes docentes predominantes, atendendo sua
Um saber é indiscernível de uma percepção e de uma sensibilidade. Isso implica algo tão elementar como o foco de curiosidade por certas situações de realidade e as consequentes associações, mesclas e relações as que procedemos, de acordo com a lógica que opera neste saber. Para cada elemento incômodo ou variável capaz de atuar em uma situação, infinitos outros não serão captados por sua lógica e não perturbarão sua sensibilidade. Simplesmente, não chegam a ser detectados e, se o são, tal lógica não dispõe de maneiras de registrá-los ou de conectores para serem associados.
Qualquer que seja a lógica em questão, uma forma de percepção e uma capacidade sensível predomina nela. Consideremos que, pese a permanente revisão no campo da educação, nas mais distintas áreas, a lógica dos saberes com os quais aprendemos a ser professores e hoje ensinamos, reafirma o mesmo modo de funcionamento deste domínio e seus métodos formativos. Todo o estranhamento externo ou interno, coletivo ou individual, inidentificável pelo capacitor sensível que aí se constitui e que aprendemos a reproduzir, será imperceptível. E, desse modo, inabarcável como matéria propositiva de saber. Por isso, este texto tende a provocar as condições e constituições dos saberes docentes predominantes, atendendo sua
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