A lógica proposicional é composta por proposições e conectivos lógicos que permitem criar uma série de fórmulas, que quando escritas corretamente são chamadas de fbfs (fórmula bem formulada). Uma fbf é valorada em verdadeira (V) ou falsa (F), a partir da valoração das proposições com o conectivo lógico em questão, respeitando a ordem de precedência dos operadores lógicos. A valoração de uma fórmula também depende dos valores lógicos de entrada para cada uma das proposições.
Com base em seu conhecimento à respeito de lógica proposicional, analise as afirmativas a seguir.
I. Quando uma fórmula apresenta um conjunto de proposições, das quais uma delas é uma conclusão, dizemos que tal fórmula é um argumento.
II. Uma sequência de demonstração e´ uma sequência de fbfs nas quais cada fbf e´ uma hipótese ou o resultado de se aplicar uma das regras de dedução do sistema formal a fbfs anteriores na sequência
III. As regras de inferência serão usadas quando uma fbf (que pode ser uma hipótese ou resultado de uma regra) pode ser substituída por outra fbf, mantendo o resultado lógico.
Neste contexto, é correto o que se afirma em:
Alternativas:
a)
I, apenas.
b)
II, apenas.
c)
I e II, apenas.
d)
II e III, apenas.
e)
I, II e III.
Soluções para a tarefa
A resposta correta é a letra C) I e II, apenas.
Quando se fala sobre o campo da lógica é necessário que entendamos a seguinte coisa, uma premissa nada mais é do que cada uma das proposições que foram anteriores à conclusão de um determinado argumento.
Com isso, nós temos que um argumento só válido quando as suas premissas possuem como resultado a conclusão, porém isso não é necessário para que uma proposição possa ser entendida como uma premissa.
A única coisa que é realmente relevante é o seu lugar dentro do argumento, não em seu papel.
Bons estudos!
Resposta:
Meio estranha a alternativa III, porque as regras de inferência deverão ser usadas sempre que se quiser avaliar/testar a validade formal de um argumento, de um silogismo. Se existe a possibilidade de substituição de uma fórmula-bem-formada (fbf, ou wff, na sigla em Inglês) por uma outra, isso não é nada de extraordinário, porque a validade formal decorre mesmo da forma lógica válida, de tal sorte que argumentos com a mesma forma válida, lógicos, portanto, serão sempre válidos, bastando que se repita a mesma forma lógica válida, independentemente do conteúdo das proposições que compõem os argumentos testados/avaliados, sob o ponto de vista da Lógica Formal. Agora, a questão, o "mistério" mesmo mais interessante de todos, nisso tudo, é que, desde que observados os princípios que a Lógica erigiu para o seu próprio desenvolvimento (identidade, não contradição e terceiro excluído), a validade formal de um argumento composto por premissas verdadeiras GARANTE, mas GARANTE mesmo, tão certo quanto dois mais dois quatro, que a conclusão extraída desse raciocínio lógico empreendido será verdadeira também, tal como as premissas, se essas, de fato, o forem, é claro. Perceba a condicionalidade: se A e B, então C. Se as premissas forem verdadeiras e válida a inferência, como ensina Fábio Ulhoa Coelho, livro indicado na "Explicação", a conclusão será verdadeira também. Incrível, não?
Explicação:
Bibliografia consultada:
COELHO, Fábio Ulhoa. Roteiro de lógica jurídica / Fábio Ulhoa Coelho. — 5. ed. rev. e atual. — São Paulo : Saraiva, 2004.
GENSLER, H. J. Tradução livre resumida da 1ª parte do livro "Introduction to Logic", de H. J. Gensler, feita por Daniel Durante. Disponível em: https://danieldurante.weebly.com/uploads/2/2/9/3/22938190/apostila_logica_gensler.pdf. Acesso em: 7 de janeiro de 2020.
TOBIAS, José Antonio. Iniciação à Filosofia. 7. ed. São Paulo: Editora da UNOESTE, 1986.
É Lógico, pô. Canal do YouTube. [Sem indicação de responsável/autor]. Lógica clássica [1] - Introdução (1/3). 2019. (16m03s). Disponível em: https://bit.ly/38fsn4d. Acesso em: 29 fevereito de 2020.