A influência da internet na construção de movimentos sociais em defesa da democratização das comunicações e da sua regulamentação no Brasil
[...] O direito à informação está expressamente garantido pela Constituição Brasileira de 1988 e pode ser considerado “a base da vida” e “das relações humanas e sociais”. Isso porque somente com o acesso ao conhecimento dos fatos é possível a construção de uma sociedade participativa e democrática, com cidadãos conscientes de si e do contexto no qual se inserem.
Todavia, no Brasil, vive se em um estado de “monopólio da informação”, facilitado pelos meios tradicionais de comunicação que possuem os aparatos de alto valor econômico e verdadeiros impérios direcionados apenas à construção e transmissão de fatos e notícias.[...] Por outro lado, as novas mídias, aqui entendidas principalmente pela Internet, em geral [...] se utilizam das novas possibilidades da Internet para aumentarem seu alcance.
[...] Nesse sentido, “[...] a internet tem sido o grande meio/veículo articulador de ações coletivas e movimentos sociais. Possibilitou a criação de redes virtuais que viabilizam conexões de grupos que nunca se encontraram fisicamente de fato” (GOHN, 2013, p. 150). Dentre tais movimentos encontram-se justamente aqueles que primam pela democratização dos meios de comunicação no Brasil. [...]
Analisando os sites do Barão do Itararé, do Observatório do Direito à Comunicação e do Projeto de Lei Popular por uma Mídia Democrática, percebe-se que todas as informações necessárias para entender a causa e acessar fontes diferentes de notícias ou de relato dos fatos encontram-se disponíveis para qualquer internauta interessado, sem a necessidade de recursos financeiros de pesquisa ou busca.
Nesse sentido, a Internet torna-se uma ferramenta indispensável para a manutenção desses movimentos, que, inconformados com o status quo no Brasil no pertinente às comunicações, reivindicam mudanças, que devem iniciar-se no âmbito legislativo, a exemplo do ocorrido no país vizinho, a Argentina. Portanto, o que se vislumbra na situação da regulamentação da telecomunicação brasileira é um congelamento em tempos e contextos totalmente em desacordo com a atual realidade social.
Revista de Informação Legislativa, v. 52, n. 105. 2015. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/509946 (Adaptado).
1. O texto dissertativo-argumentativo apresenta como partes constituintes: o assunto, o tema, tese, argumentos e conclusão. Com base no texto lido indique a alternativa em aparece a tese defendida pelo autor. *
1 ponto
a) A internet é uma ferramenta indispensável e precisa de regulamentação.
b) Estratégias de uso da internet como ferramenta democrática e eficaz.
c) As novas mídias são possibilidades de democratização.
d) A criação de redes e conexões entre pessoas que nunca se viram possibilita ações e movimentos sociais.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1 c) As novas mídias são possibilidades de democratização.
2 a) Argumento de autoridade
Explicação:
Google Classroom Aula 52 L. Portuguesa
1- O texto dissertativo-argumentativo que constitui a questão apresenta: assunto, tema, tese, argumentos e conclusão e mostram que a visão do autor, assim como o apontado pela alternativa C, é de que as novas mídias são possibilidades de democratização.
Pensando mais amplamente, a posição do autor faz sentido quando se olha o mundo atual e as pessoas e suas vozes são permitidas e potencializadas pelas plataformas digitais, algo que anteriormente não acontecia, uma vez que poucos detinham o poder e menos ainda usufruíam do alcance que ele possibilitava.
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