A HONRA PASSADA A LIMPO
Sou compulsiva, eu sei. Limpeza e arrumação.
Todos os dias boto a mesa, tiro a mesa. Café, almoço, jantar. E pilhas de louça na pia, e espumas
redentoras. Todos os dias entro nos quartos, desfaço camas, desarrumo berços, lençóis ao alto
como velas. Para tudo arrumar depois, alisando colchas de crochê.
Sou caprichosa, eu sei. Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela. Escurecem-se as
pratas. Que eu esfrego com a camurça. A aranha tece. Que eu enxoto. A traça rói. Que eu
esmago. O cupim voa. Que eu afogo na água da tigela sob a luz. E de vassoura em punho gasto
tapetes persas.
Sou perseverante, eu sei. À mesa que ponho ninguém senta. Nas camas que arrumo ninguém
dorme. Não há ninguém nesta casa, vazia há tanto tempo.
Mas sem tarefas domésticas, como preencher de feminina honradez a minha vida?
Contos de amor rasgados – Marina Colasanti ..
#Observa-se que, no texto, há uma narradora descrevendo suas ações cotidianas. Pode-se afirmar
que essa narradora faz um julgamento sobre si mesma e seu comportamento. Qual das passagens
retiradas do texto confirma essa afirmação?
a) “Sou compulsiva, eu sei.”
b) “À mesa que ponho ninguém senta.”
c) “Não há ninguém nesta casa vazia há tanto tempo.”
d) “Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela.”
Soluções para a tarefa
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a - sou compulsiva, eu sei.
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42
Olá,
O período onde a narradora faz um julgamento sobre si mesma e seu comportamento é "sou compulsiva, eu sei", ou seja, ela fala sobre seu próprio comportamento, julgando-o como o de uma pessoa compulsiva.
Ao descrever suas ações cotidianas, o fato de ter a necessidade de repeti-las e de realizá-las faz com que a mesma acredite que seu comportamento chegou à compulsividade, o que evidenciamos com a frase "sou compulsiva, eu sei".
Letra A.
Abraços!
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