A história da anatomia?!
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Em termos mais restritos e clássicos, a anatomia confunde-se com a morfologia (biologia) interna, isto é, com o estudo da organização interna dos seres vivos, o que implicava uma vertente predominantemente prática que se concretizava através de métodos precisos de corte e dissecação (ou dissecção) de seres vivos (cadáveres, pelo menos no ser humano), com o intuito de revelar a sua organização estrutural.
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A anatomia Humana é símbolo de um mistério que, durante toda a história, instigou questionamentos daqueles que, incessantemente, ansiavam por descobrir o que se esconde sob o manto o qual chamamos de pele. Embora os primeiros registros de dissecações em seres humanos sejam de Alexandria, realizadas por Herófilo e Erasístrato no século II a.C., muitos consideram seu início já em meados do século V a.C. quando, no sul da Itália, Alcméon de Crotona realizou dissecações em animais, na tentativa de estender suas descobertas à espécie humana.
Por volta do século II, quando, por motivos éticos e religiosos, proibiu-se o uso de cadáveres humanos, predominou a prática da dissecação em animais. O grande expoente deste período foi Galeno, que trabalhou como médico na mais famosa das arenas de gladiadores de Roma – o Coliseu – e realizou inúmeras dissecações em animais, criando teorias e representações que se enquadrassem também ao corpo humano, consideradas inovações à época, porém hoje defasadas.
Durante os três séculos seguintes a Escola de Galeno reinou por toda a Europa, até que, com a queda do Império Romano e a ascensão do Clero cristão ao poder, no século V, tanto suas descobertas quanto quaisquer outros estudos sobre anatomia – em animais ou humanos – foram proibidos, sendo atribuídos a eles características de cunho hediondo. Tal situação culminou com uma estagnação que durou aproximadamente 700 anos, quando em Salerno, na Itália, foi criada a primeira Universidade de Medicina, trazendo à tona os registros de Galeno.
Outro passo, ainda maior, foi dado quando foram novamente legalizadas as práticas de dissecação de cadáveres humanos nas universidades – prática ainda muito rudimentar, a qual, devido à inexistência de quaisquer formas de conservação dos corpos, deveria ser realizada sempre em até 48 horas – marcando o início de uma época de irrefreáveis avanços da Anatomia. Tal progresso se deveu, em grande parte, ao aumento do número de pessoas interessadas na área durante o período Renascentista, sendo muitas delas, artistas que buscavam, na Anatomia, bases para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, Leonardo da Vinci, dentre seus diversos trabalhos, ainda é reconhecido por seus diversos esboços e obras baseados na arte da dissecação.
Então, em 1543, foi produzido o primeiro livro Atlas de Anatomia – “De Humani Corporis Fabrica” – pelo médico belga Andreas Vesalius, incitando cada vez mais médicos a desmistificarem os segredos corpo humano. Com a disseminação do conhecimento e a crescente busca por respostas, ao final do século XVII, Swammerdam, Ruysch e outros estudiosos passaram a produzir peças anatômicas para exposição em Museus de Anatomia.
Atualmente a disciplina de Anatomia Humana é de caráter obrigatório para todos cursos da Área da Saúde, visto que o seu entendimento se faz fundamental para a compreensão da fisiologia e dos processos patológicos que acometem o Ser Humano. Visando a facilitar e socializar o acesso a tais informações, desde 2008, a disciplina de Anatomia Humana da UFCSPA organiza, anualmente, um museu temporário no qual expõe, a todos os públicos, uma pequena amostra do fantástico Corpo Humano.
Por volta do século II, quando, por motivos éticos e religiosos, proibiu-se o uso de cadáveres humanos, predominou a prática da dissecação em animais. O grande expoente deste período foi Galeno, que trabalhou como médico na mais famosa das arenas de gladiadores de Roma – o Coliseu – e realizou inúmeras dissecações em animais, criando teorias e representações que se enquadrassem também ao corpo humano, consideradas inovações à época, porém hoje defasadas.
Durante os três séculos seguintes a Escola de Galeno reinou por toda a Europa, até que, com a queda do Império Romano e a ascensão do Clero cristão ao poder, no século V, tanto suas descobertas quanto quaisquer outros estudos sobre anatomia – em animais ou humanos – foram proibidos, sendo atribuídos a eles características de cunho hediondo. Tal situação culminou com uma estagnação que durou aproximadamente 700 anos, quando em Salerno, na Itália, foi criada a primeira Universidade de Medicina, trazendo à tona os registros de Galeno.
Outro passo, ainda maior, foi dado quando foram novamente legalizadas as práticas de dissecação de cadáveres humanos nas universidades – prática ainda muito rudimentar, a qual, devido à inexistência de quaisquer formas de conservação dos corpos, deveria ser realizada sempre em até 48 horas – marcando o início de uma época de irrefreáveis avanços da Anatomia. Tal progresso se deveu, em grande parte, ao aumento do número de pessoas interessadas na área durante o período Renascentista, sendo muitas delas, artistas que buscavam, na Anatomia, bases para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, Leonardo da Vinci, dentre seus diversos trabalhos, ainda é reconhecido por seus diversos esboços e obras baseados na arte da dissecação.
Então, em 1543, foi produzido o primeiro livro Atlas de Anatomia – “De Humani Corporis Fabrica” – pelo médico belga Andreas Vesalius, incitando cada vez mais médicos a desmistificarem os segredos corpo humano. Com a disseminação do conhecimento e a crescente busca por respostas, ao final do século XVII, Swammerdam, Ruysch e outros estudiosos passaram a produzir peças anatômicas para exposição em Museus de Anatomia.
Atualmente a disciplina de Anatomia Humana é de caráter obrigatório para todos cursos da Área da Saúde, visto que o seu entendimento se faz fundamental para a compreensão da fisiologia e dos processos patológicos que acometem o Ser Humano. Visando a facilitar e socializar o acesso a tais informações, desde 2008, a disciplina de Anatomia Humana da UFCSPA organiza, anualmente, um museu temporário no qual expõe, a todos os públicos, uma pequena amostra do fantástico Corpo Humano.
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