A globalização tem por fundamento a redução do poder dos Estados nacionais e fortalecimento dos órgãos supranacionais, entre os quais estão os mercados comuns continentais e organismos como Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Organização das Nações Unidas. No entanto, o Estado é importante instrumento na produção e manutenção das identidades nacionais, que são fundamentais para a promoção da integração interna dos países. Compreendendo esse cenário, discuta a relação entre globalização, Estado e identidade nacional, refletindo sobre como essa relação acontece no Brasil e de que forma a globalização afetou a produção da identidade nacional brasileira.
Soluções para a tarefa
Conceitos clássicos como as noções de soberania e hegemonia, associadas ao Estado-Nação como centro e poder, começam a sofrer reformulações. Segundo VIEIRA (1997), as novas forças que operam na atual ordem mundial, dominada pela economia capitalista de cunho neoliberal, reduzem os espaços do Estado-Nação, obrigando à reformulação dos projetos nacionais. Assim, as nações buscam proteger-se formando blocos geopolíticos e celebrando acordos sob o controle de organizações internacionais, como Fundo Monetário internacional (FMI), Organização Mundial do Comércio (OMC), Banco Mundial (BM) e Organização das Nações Unidas (ONU).
Isso evidencia o quanto o capitalismo globalizado pode instabilizar a economia mundial e de como as capacidades de resposta à "desordem" iminente são muito diferentes, nos países desenvolvidos e nos países emergentes, sendo que nestes revela-se patente como a própria autonomia na formulação da política econômica vai ficando comprometida.
A globalização é resultado de mutações estruturais no movimento secular de internacionalização. Por isso é forma nova da evolução capitalista e não apenas uma outra fase da internacionalização. Segundo BRAGA (2001), o fato do capitalismo ter sido sempre mundial no sentido da interconexão das economias relevantes, através do fluxo de mercadorias, capital e serviços, não deve conduzir ao equívoco de que a globalização é um fenômeno antigo. Antiga é a internacionalização dos mercados domésticos mesmo quando ocorriam industrializações nacionais comandadas a partir do Estado.