a Filosofia grega é dividida em quatro periodos, quais são eles?
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Resposta:
Explicação:
São quatro os principais períodos da filosofia grega:
1- Período pré-socrático ou cosmológico, do fim do século VII a.C. ao fim do século V a.C.
2- Período socrático ou antropológico, do fim do século V a.C. ao fim do século IV a.C.
3- Período sistemático, do fim do século IV a.C. ao fim do século III a.C.
4- Período helenístico ou grego-romano, do fim do século III a.C. ao século VI d.C.
1- Período pré-socrático
Nesse período, a filosofia se ocupa fundamentalmente com questões relacionadas à natureza como princípios que fundamentam tudo, com a ordem do mundo e a causa das transformações na natureza.
A filosofia pré-socrática se desenvolve em cidades da Jônia (hoje, Ásia Menor): Mileto, Éfeso, Samos e Clazômena; em cidades da Magna Grécia (hoje. sul da Itália e ilha da Secília): Crotona, Tarento, Eleia e Agrigento; e na cidade de Abdera, na Trácia (hoje, nordeste da Grécia).
Principais características da cosmologia:
Explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza;
Busca do princípio natural, eterno e imperecível, gerador de todos os seres. Esse princípio é a physis;
Ententimento de que, apesar da physis ser imperecível, ela dá origem a todos os seres perecíveis e mortais;
Afirmam que, embora a physis seja imutável, dá origem a seres mutáveis e a ciclos de mutação, ou seja, o movimento ou o devir.
Embora todos os pré-socráticos afirmassem as ideias expostas, havia divergências sobre a concepção de physis e seus desdobramentos. Por exemplo, Tales de Mileto dizia que o princípio de tudo era a água ou o úmido; Anaximandro dizia que era o ilimitado; Anaxímenes que era o ar ou o frio; Pitágoras de Abdera dizia ser o número; Para Heráclito de Éfeso a physis era o fogo; Empédocles dizia ser os qutro elementos (terra, água, ar e fogo); Anaxágoras falava de sementes que continua a origem de tudo e Leucipo e Demócrito afirmavam ser o átomo o princípio de todas as coisas.
2- Período socrático ou antropológico
A filosofia passa a se interessar pelas questões humanas - isto é, a ética, a política e as técnicas - e busca compreender qual é o lugar do homem no mundo.
O desenvolvimento das cidades, do comércio, do artesanato e das artes militares; bem como as reformas do governador de Atenas Péricles favoreceu o desenvolvimento dessa filosofia.
Foram instituidas ideias como cidadania, democracia e a preocupação com a formação do cidadão.
Neste cenário, surgiram os Sofistas, mestres que ensinavam a arte da retórica ou de como convencer sobre uma verdade e o filósofo Sócrates, como um grande opositor dos sofistas.
Sócrates propunha que, antes de querer conhecer a natureza ou persuadir os outros, cada um deveria conhecer-se a si mesmo.
Um dos principais discípulo de Sócrates foi Platão que, nos seus diálogos (obras) tinha Sócrates como o principal personagem.
A verdade para Sócrates não é oponião ou ponto de vista, mas a definição conceitual das ideias.
Principais características do período socrático:
A filosofia se volta para questões humanas;
Concebe o homem como um ser racional capaz de conhecer-se a si mesmo e de fazer reflexão;
Busca critérios para o pensamento;
Busca definições de virtudes individuais e coletivas, inauguração da ética e da política;
Sócrates e Platão se opõem aos Sofistas inaugurando uma grande discussão entre o sensível e o inteligível.
3- Período sistemático
Quando a filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado até então. A filosofia se interessa em mostrar que tudo pode ser objeto do conhecimento filosófico. Nesse período desenvolve-se a teoria do conhecimento, a psicologia e a lógica. Além disso, os filósofos procuram encontrar o fundamento último de todas as coisas, mais tarde chamada de metafísica. O principal filósofo dessa época foi Aristóteles.
4- Período helenístico
Também conhecido como a expansão do pensamento grego. Esse perpiodo abrange a época da hegemonia do Império Romano e do surgimento do cristianismo, a filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento e das relações entre o homem e a natureza, e de ambos com Deus.