A farmacologia, sob um enfoque aplicado, caracteriza-se pela seleção do fármaco adequado para prevenir, reverter ou atenuar um processo patológico. O conhecimento sobre as características farmacodinâmicas e farmacocinéticas fornece a base racional para determinar a via de administração, a dose ideal e o intervalo de administração em um tratamento. É necessário que o medicamento escolhido atinja o órgão suscetível em concentrações adequadas e que ocorra a manutenção das concentrações terapêuticas no sítio-alvo para obter o efeito benéfico desejado. A farmacogenômica é o estudo dos fatores genéticos sobre a resposta aos medicamentos. Pacientes tomando uma dose padronizada de determinado medicamento podem não responder, outros responder apenas parcialmente ou ter reações adversas. A metformina é um exemplo clássico de variação tanto na resposta glicêmica como nas características farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Considerando a farmacocinética, a metformina não é metabolizada e é excretada inalterada na urina com meia vida de aproximadamente 5 horas. As concentrações plasmáticas médias da metformina variam entre 0,4 e 1,3 mg/ l para uma dose de 1000 mg duas vezes ao dia. Essa variabilidade farmacocinética é incomumente alta para um fármaco eliminado. Essa alta variabilidade farmacocinética contribui para a variação da resposta à metformina, sendo que vários grupos de pesquisa observaram relações dose-resposta com níveis de glicose plasmática em jejum e HbA1c. Esta variabilidade da resposta é substancial, uma vez que mais de 30% dos pacientes que receberam metformina são classificados como fracos respondedores. O tratamento do Diabetes mellitus é influenciado por indivíduos de diferentes etnias. Por exemplo, indivíduos com ascendência africana parecem ter uma melhor resposta glicêmica à metformina quando comparados com indivíduos de origem europeia. Já os inibidores de DPP-4 apresentam uma melhor eficácia de redução da glicose nos asiáticos do que em outros grupos étnicos. O diabetes tipo 2 é uma doença metabólica heterogênea incluindo características genéticas, clínicas e fisiopatológicas, por isso é necessário realizar uma intervenção personalizada a fim de beneficiar o paciente e minimizar danos. Sendo assim, os efeitos dos medicamentos antidiabéticos pode Leia o texto completo em: MESQUITA, C. Farmacogenômica: o futuro no tratamento do diabetes?
Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir.
I. Um aspecto importante da farmacogenômica é a possibilidade de usar a evolução genômica para a identificação de novos genes que são regulados por drogas.
II. As variantes genéticas associadas a diferenças individuais na eficácia e toxicidade de muitos medicamentos incluem: enzimas metabolizadoras, transportadores e receptores de drogas.
III. Quando um medicamento é administrado, passa pelos processos de Farmacodinâmica, que envolve os processos de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação, e Farmacocinética, que envolve a interação do fármaco com o alvo, através de um receptor.
IV. A resposta de um indivíduo em relação ao tratamento com um fármaco é o mesmo em indivíduos da mesma família.
V. O teste farmacogenético surgiu com o intuito de mapear, através do DNA, como uma pessoa expressa certas enzimas e, consequentemente, reage a certos medicamentos. Muitos medicamentos clinicamente utilizados são metabolizados por enzimas cujos genes exibem polimorfismos genéticos.
É CORRETO o que se afirma APENAS em:
1. I, II e III
2. I, II e IV
3. I, III, IV e V
4. I e II
5. I, II e V
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5. I, II e V
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5. I, II e V
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confirmado resposta pelo AVA.
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