A fala é uma atividade muito mais central do que a escrita no dia a dia das pessoas. As instituições escolares, contudo, dão pouca atenção à fala em seus programas de ensino, investindo muito mais no trabalho com a escrita.” (FLÔRES, 2015)
Explique a razão que a levou a autora a afirmar isso:
(A) Se a experiência de leitura/escrita do aluno for pequena, sua fala vai traduzir seu desconhecimento dos gêneros
(B) O sistema da língua ser o mesmo, então treinando a leitura e escrita já se aprende a falar.
(C) O aluno não é preparado para falar em situações espontâneas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra A
Explicação:
Por outro lado, os professores de todas as
disciplinas escolares e não apenas os professores da
disciplina Língua Portuguesa precisam levar em conta
o fato de que a experiência mais frequente e usual
dos alunos é com a oralidade. Evidentemente, a fala
é uma atividade muito mais central do que a escrita
no dia a dia das pessoas. As instituições escolares,
contudo, dão pouca atenção à fala em seus
programas de ensino, investindo muito mais no
trabalho com a escrita. Marcuschi salienta, porém,
que o aluno também precisa ser preparado para falar
em situações não espontâneas (MARCUSCHI, 2002),
porque falar faz parte da vida cotidiana de todo
cidadão, e não apenas dos bastante escolarizados.
Como a fala popular tem marcas bastante distintas
daquelas dos dialetos cultos, sobretudo, dos textos
escritos que circulam no meio escolar, os problemas
de incompatibilidade emergem já de início. Assim, se
a experiência de leitura/escrita do aluno for pequena,
sua fala e sua escrita vão traduzir seu
desconhecimento dos gêneros escritos por vezes
utilizados em situações sociais com que se defronta
fora de seu grupo comunitário, e, na certa, também,
do modo como a modalidade da língua mobilizada
nesses casos pode ser utilizada nos diversos nichos
sociais com os quais ainda não teve contato.