A Europa Ocidental no século XI, durante o período da chamada Baixa Idade Média, começou a aprimorar e a desenvolver uma série de novas ferramentas e técnicas que impactaram diretamente na produção de alimentos e na organização desta sociedade. Sobre este período histórico, podemos destacar como ferramentas e técnicas desenvolvidas: *
(a) O trator, a enxada e a foice.
A plantação de soja em grandes proporções e o uso de escravos como mão de obra.
(B) A rotação trienal, a charrua, a derrubada de pântanos e florestas e a expansão dos moinhos de vento e água.
(C) Os agrotóxicos, os quais contribuíram para o controle de pragas nas plantações.
(D) Não houve avanços neste período, por isso muitas pessoas chamam a Idade Média de Idade das Trevas.
Soluções para a tarefa
Baixa Idade Média foi um período específico da Idade Média que se estendeu do século XI ao século XV. Nele, a Europa Ocidental presenciou o auge do feudalismo mas também a sua decadência e o surgimento de uma nova ordem. A Baixa Idade Média é conhecida como um século de crise que delimitou o fim da Europa medieval — embora muitas características do medievo tenham persistido nos séculos seguintes.
Periodização
Importante falar que a definição de uma Baixa Idade Média é uma criação dos historiadores modernos, que convencionaram dividi-la em dois grandes períodos, que são:
Alta Idade Média: século V ao século X;
Baixa Idade Média: século XI ao século XV.
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Características
A Baixa Idade Média é considerada o período do auge do feudalismo no medievo. Esse ápice deu-se entre os séculos XI e XIII, sendo o período anterior a isso de formação, e o posterior, de decadência e formatação de uma nova organização política, econômica e social na Europa Ocidental.
O feudalismo é, portanto, o conceito base para entendermos o funcionamento da sociedade europeia na Baixa Idade Média. Esse conceito não se refere apenas ao seu sentido econômico de exploração da terra pelos camponeses/servos, presos a ela pela relação existente entre eles e o senhor feudal. O feudalismo envolve aspectos muito além do econômico, que são: político, social e ideológico.
A Baixa Idade Média presenciou o aumento populacional e o crescimento urbano.
Dentro dessa estrutura, os feudos são o lugar de maior importância. Em um mundo ruralizado, no qual a exploração da terra era a principal forma de sobrevivência, a concentração populacional dava-se neles. Os feudos eram terras dos nobres oriundas da riqueza familiar ou da relação de fidelidade com o rei.
Assim, os principais locais da Baixa Idade Média eram: o feudo, que incluía castelo, terras e instalações, e a floresta, da qual se retirava a lenha e caçava-se animais, por exemplo. Nesse período dois locais comuns, além dos citados, eram: as aldeias (formadas ao longo da Alta Idade Média) e a Igreja.
O camponês estabelecido no feudo tinha uma relação de servidão com o senhor feudal e não poderia abandonar a terra. A posição do senhor feudal era hereditária, portanto, transmitida aos filhos, e o camponês tinha de ressarci-lo pelo direito de usar a terra e as instalações nela. O direito do senhor feudal de possuir e explorar a terra e de cobrar os impostos dos camponeses instalados lá era oriundo da relação de vassalagem que ele tinha com o rei.
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A relação de vassalagem do rei com seus nobres surgiu no século VIII, no Império Carolíngio. Nela o rei cedia parte de seu território para os nobres e, em troca, recebia a fidelidade deles, que garantiam auxiliá-lo na administração do império. Nos momentos de guerra, esses nobres disponibilizavam suas tropas para defender o reino.
No âmbito social, esse período não foi muito diferente da Alta Idade Média, pois os três grandes grupos sociais eram a nobreza, formada pelos reis e nobres; o clero, formado por representantes da Igreja; e os camponeses, em sua grande maioria, servos que trabalhavam nas terras que pertenciam à nobreza. Tratava-se de uma sociedade estamental, isto é, marcada por pouca ascensão social.
A Baixa Idade Média, por sua vez, passou a presenciar significativas mudanças sociais, sobretudo a partir do século XII, quando a população urbana começou a crescer. Gradativamente, as cidades voltaram-se contra o processo de feudalização e geraram a possibilidade de surgimento de novos grupos sociais, como a burguesia.
Esse foi um período de grandes mudanças, e essas transformações foram responsáveis por abrirem o caminho para o fim do período medievo. A Baixa Idade Média foi uma época de crescimento urbano e comercial, de consolidação do poder dos reis, de formação de Estados Nacionais, de surgimento de línguas nacionais etc.
Grandes transformações
A Baixa Idade Média teve grandes transformações. Vamos entender algumas delas.
Crescimento populacional
É bem verdade que, desde o século VIII, a Europa estava em recuperação demográfica, mas esse crescimento populacional acentuou-se a partir da Baixa Idade Média.
O historiador Hilário Franco Júnior considera quatro fatores para explicar o aumento populacional no período. Primeiro, a pouca atuação de epidemias de doenças; segundo, o caráter concentrado das guerras; terceiro, o fato do clima, durante a Baixa Idade Média, ter sido mais ameno em relação ao da Alta Idade Média; e quarto, as inovações técnicas que garantiram um aumento da produtividade|1|.
O resultado disso foi que, no final do século XIII, a população na Europa Ocidental era de mais de 50 milhões de pessoas, enquanto que, no final do século (ou da Alta Idade Média), ela era de mais de 22 milhões de pessoas. Esse aumento também foi o pontapé para uma série de mudanças no