A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo,tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer,talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre; mas tal possibilidade não entra nos cálculos de nenhum abolicionista. Não é,igualmente, provável que semelhante reforma seja feita por um decreto majestático da coroa, como foi na Rússia, nem por um ato de inteira iniciativa e responsabilidade do governo central, como foi nos Estados Unidos, a proclamação de Lincoln. A emancipação há de ser feita, entre nós, por uma lei que tenha os requisitos, externos e internos, de todas as outras. É, assim, o Parlamento e não em fazendas ou Quilombos no interior, nem nas ruas e Praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade. Em semelhante luta, a violência, o crime, o desencadeamento de ódio acalentados só podem ser prejudiciais ao lado que tem por si o direito, a justiça, a procuração dos oprimidos e os votos da humanidade toda
Qual era o modelo de abolicionismo defendido pelo autor?
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Explicação:Ele entendia que as soluções radicais como fugas e rebeliões não funcionariam. Ele defendia a via legalista, pela mudança das leis. A solução dele no final foi aceita: a abolição da escravatura pela força da lei (Lei Áurea), pela via legalista.
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