A diversidade étnica no Brasil ainda gera situações envolvendo preconceitos. Mesmo a escola não é um ambiente neutro. Nela a discriminação étnica pode ser percebida de várias maneiras. Apelidos, por exemplo, muitas vezes se mostram como formas brandas de racismo ou de intolerância. Os esteriótipos são também um outro elemento que traduz a dificuldade de se repeitar aquele que é etnicamente diferente. Assim o oriental leva fama de "japa", alguém inteligente mas pouco capaz de se entregar às práticas lúdicas e o nordestino é comumente o "cearense" ou o "baiano", pouco importando sua proveniência e ou a riqueza de sua cultura natal. Mas a escola é também capaz de contribuir para uma convivência pacífica entre pessoas de diferentes raças e proveniências, de modo que a temática do preconceito e da discriminação possam ser indubitavelmente trabalhadas em sala de aula. Imagine-se agora como um professor do quinto ano do ensino fundamental em uma cidade como São Paulo, que recebe um grande número de imigrantes. Em sua sala, há alunos de múltiplas proveniências e uma multiplicidades de raças e etnias. Você sabe que alguns de seus alunos já foram vítimas de discriminação e preconceito, enquanto outros são muitas vezes valorizados por seus traços físicos ou pela cor de seus olhos. Seu desafio consiste em elaborar e descrever uma atividade a ser realizada nesta classe descrita acima. Como trabalhar com estes alunos, de maneira efetiva, a temática da discriminação e do preconceito, de modo a se estabelecer relações igualitárias e multiculturais em sua sala de aula?
Soluções para a tarefa
Mais não deixamos de ser seres humanos
Resposta:
Padrão de resposta esperado
Em vista da multiplicidade de ideias e de respostas que atende ao desafio proposto, apresentamos a seguir, como padrão de resposta, algumas possibilidades inspiradas no artigo Como trabalhar relações raciais com crianças das séries iniciais: uma pesquisa-ação em uma escola da periferia do Recife, que contém a descrição de um trabalho realizado na periferia do Recife, cuja demanda é semelhante à do nosso desafio:
"Como trabalhar relações raciais com crianças das séries iniciais"
- Trabalhar com os alunos a realidade da comunidade onde a escola está inserida, e seus grupos de composição, valorizando as diferentes origens dos moradores.
- Apresentar dados consultados em órgãos públicos sobre o número de imigrantes da cidade e apresentar contribuições destes grupos na construção cultural do município ou da comunidade. Resgatar as histórias dos diversos grupos.
- Propor que os alunos façam pesquisas em que apresentem situações do cotidiano que manifestem a discriminação.
- Promover uma série de debates sobre o tema do preconceito e da discriminação.
- Trabalhar um texto literário que ajude a aprofundar a questão da alteridade e do se colocar "na pele" do outro.
- Trabalhar filmes que abordem o tema, como por exemplo o filme Escritores da Liberdade (Título Original: Freedom Writers, 2007)
- Trabalhar conceitos, questionando aos alunos sobre o que é o preconceito? O que é a discriminação? Qual a diferença entre os dois conceitos? Como abolir o preconceito e a discriminação?
Explicação: