História, perguntado por geovana1114, 1 ano atrás

A ditadura militar no Brasil resumo ( minimo 20 linhas )

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Respondido por Anjinhu
28

Explicação:

Entre 1964-85, o Brasil viveu sob uma ditadura militar. Durante o governo do presidente João Goulart, que foi derrubado por um golpe de Estado, um tema que ganhou importância crescente foram as reformas de base. O Brasil tinha vivido grandes transformações desde os anos 1940, de modo que, ao assumir o cargo, Jango encontrou muitos problemas sociais e econômicos que precisavam ser resolvidos.

Setores da sociedade, como a classe média e a Igreja Católica, temiam o avanço do movimento comunista, em quem o presidente buscava cada vez mais apoio. Latifundiários ficaram preocupados com a reforma agrária e a tensão que ela poderia gerar no campo. Empresas multinacionais se sentiram prejudicadas com os limites impostos à remessa de lucros para o exterior. Os militares também passaram a apontar o perigo que as mobilizações populares representavam para a democracia, ao subverterem a ordem e a paz.

Nesse cenário de intensa agitação e radicalização política, o golpe contra João Goulart veio dos segmentos mais conservadores. A intervenção dos militares contou com o apoio civil, inclusive no Congresso Nacional, que oficializou um golpe contra um presidente constitucionalmente eleito. Muitos civis que apoiaram a intervenção pensaram que o golpe se resumiria ao afastamento de João Goulart, ao restabelecimento da ordem e à passagem do poder novamente aos civis, o que, no entanto, só ocorreu 21 anos depois.

“Milagre econômico”

Ao longo da ditadura, o Brasil foi governado por 5 generais (e, por um breve período, em 1969, também por uma Junta Militar). Do ponto de vista econômico, o primeiro governo militar tomou uma série de medidas visando superar a crise herdada do período anterior. Porém, elas não surtiram o efeito esperado imediatamente, o que, somado à crescente repressão, suscitou as primeiras críticas por parte daqueles que tinham apoiado o golpe.

Entre 1968-73, o país viveu o chamado milagre econômico. As exportações triplicaram, o Produto Interno Bruto ficou acima de dois dígitos e a inflação recuou para 20% ao ano em média. Grandes obras foram iniciadas nesse momento (Ponte-Rio Niterói, Itaipu, Transamazônica), revelando a grandeza do Brasil e de sua economia. A conquista da Copa de 1970 contribuiu para a propaganda oficial, que anunciava o destino do país em ser uma potência, a começar pelo futebol.

Todos os setores da sociedade se beneficiaram do boom econômico, porém, de maneira crescentemente desigual. Com o passar do tempo, a modernização conservadora da economia tendeu a aprofundar as desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres. Os efeitos sociais desse processo, como greves por melhores salários, por exemplo, só puderam ser controlados porque o Brasil vivia sob uma ditadura.

Repressão

As primeiras medidas repressivas foram tomadas logo depois do golpe, com cassações de mandatos, suspensão de direitos políticos, demissões de funcionários públicos e expulsão de militares das Forças Armadas. A Operação Limpeza buscou eliminar todos os elementos identificados com o período anterior ou considerados ameaçadores para os objetivos do novo regime. A Operação Condor, por sua vez, articulou a ditadura brasileira com outros regimes militares da América do Sul para identificar a perseguir inimigos.

Os partidos foram dissolvidos e adotou-se o sistema bipartidário, a fim de controlar a oposição parlamentar. Ao mesmo tempo, uma série de medidas de exceção foi aprovada com objetivo de controlar qualquer antagonismo político. O principal deles, certamente, foi o Ato Institucional n. 5, aprovado em 1968 e considerado um verdadeiro golpe dentro do golpe. Entre outras providências, o AI-5 eliminava o habeas corpus para crimes políticos.

Com o fechamento da ditadura, em 1968, parte da oposição seguiu pelo caminho da luta armada, promovendo ações de guerrilha urbana e rural. Seus militantes foram as principais vítimas dos atos de tortura cometidos durante o regime. Muitos acabaram assassinados, outros desapareceram e dezenas seguiram para o exílio. Também houve baixas entre os militares e civis.


lorrainebrum: Adorei o seu resumo. Parabens
Anjinhu: obrigado
Respondido por alicebuss2012
5

Resposta:

fiz em forma de ''redação''

Em uma terça-feira, 31 de março de 1964, durante tempos de Guerra Fria, foi instaurada o regime militar no Brasil, com a deposição do presidente João Goulart. Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, o governo militar durou 21 anos (1964-1985).

Foi um duro regime, composto por Atos Institucionais, sendo 17 ao todo, que legitimavam às violências e ilegalidades, como a suspenção de eleições diretas, protestos, liberdade de imprensa e a suspenção mais rigorosa, a do habeas corpus. Ocorreu um fortalecimento do poder Executivo, atribuindo-se a função de legislar autonomamente. Ao longo desses 21 anos o Brasil foi governado por 5 generais, divididos entre ‘’moderados’’ e ‘’Linha dura’’. Uma das principais marcas desse intervalo é o crescimento econômico significativo, um salto de 14% no PIB brasileiro.  

A partir de 1966, a oposição começou a se mobilizar mais duramente contra a ditadura. Com o apoio da igreja católica, estudantes e sindicalistas, houve o início de uma série de manifestações, destacando a morte do estudante Edson Luís em um destes. Evidencia-se também a Marcha dos Cem Mil, sequestros de embaixadores e até revoltas armadas. Em resposta, o governo concedeu alguns benefícios trabalhistas, mas também perseguiu lideres da oposição. Relutância que pouco durou, devido a dívida externa, forte oposição e a pressão internacional devido ao desrespeito aos Direitos Humanos, a ditadura militar estava em declínio. Mas, os militares precisavam articular uma estratégia para não responder pelos delitos, implantando, assim uma abertura política “lenta, segura e gradual”.  

Dessa forma, em 1984, a população brasileira engajou-se na Campanha das Diretas Já, exigindo eleições diretas para presidente da República. Assim, elegendo Tancredo Neves e seu vice, José Sarney, colocando fim à ditadura militar e iniciando novo período democrático na história brasileira.  

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