A descoberta das propriedades do Dicloro-Difenil-Tricloroetano, o DDT, no combate a insetos transmissores de doenças, rendeu um prêmio Nobel de Medicina a Paul Hermann Müller, em 1948. A partir da década de 60, porém, começaram as suspeitas de que o produto percorria a cadeia alimentar e podia intoxicar animais e pessoas. Alguns indícios, como o de que o DDT causa câncer, não foram totalmente comprovados. Mas o aumento do número de abortos espontâneos em áreas onde ele era usado em plantações levaram 160 governos a proibir seu uso. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que o produto pode ser usado como inseticida, desde que com cuidado. Quando o DDT é lançado em pequenas quantidades dentro das casas, ele repele e mata insetos. Em 1970, mais de 6 milhões de casas brasileiras receberam esse tratamento preventivo, resultando em uma grande redução do número de afetados pela malária — naquele ano, foram exatamente 54.644. Depois, o País voltou a sofrer com a doença: em 2009, foram registrados 306.908 casos. Quando é aplicado dentro de residências, em versão diluída, sem os moradores estarem em casa, o DDT é eficiente para combater a malária e seus efeitos sobre o meio ambiente são mínimos. E é isso que vários países africanos que sofrem com a doença vêm tentando fazer, com o apoio de países desenvolvidos como os Estados Unidos, mas são alvo de críticas.
Disponível em: https://glo.bo/2mASL6M. Acesso em 25 set. 2019
Sobre o DDT, é correto afirmar:
Alternativas
Alternativa 1:
É classificado como um pesticida organofosforado.
Alternativa 2:
Sua toxicidade é elevada, mas sua persistência é baixa.
Alternativa 3:
Sua principal via de exposição se dá através da inalação do inseticida após a aplicação.
Alternativa 4:
É solúvel em água e na maioria dos solventes orgânicos, por isso é considerado eficiente e de fácil utilização.
Alternativa 5:
Ao ser absorvido pelo organismo humano, pode ser acumulado no tecido adiposo e tende a ser bioconcentrado.
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Alternativa 5:
Ao ser absorvido pelo organismo humano, pode ser acumulado no tecido adiposo e tende a ser bioconcentrado.
Há mais do que 50 anos surgiram as primeiras evidências do perigo potencial desses compostos, quando resíduos de DDT (diclorodifeniltricloroetano) em tecido adiposo humano e no leite materno foram descobertos e, a partir disso, foram intensificados os estudos sobre os efeitos dos POPs sobre o meio ambiente e sobre os seres vivos.
Bons estudos!
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