a) De acordo com Platão (428/427 a.C. – 348/347 a.C.), como deveria se estabelecer o governo? Justifique sua resposta.
b) Como Platão argumenta sobre a opinião popular? Justifique sua resposta.
c) Como se mostra o argumento de Platão sobre a dinâmica democrática? Explique o que o filósofo afirmava sobre a diversidade de características individuais.
ALGUÉM ME AJUDA POR FAVOR
Soluções para a tarefa
A - Platão acredita que o governo deveria se estabelecer de acordo com aquilo que impõe a razão, de modo que o governo será tão mais eficiente e garantirá mais a felicidade geral quanto mais forem sábios os que governam. Defendia, portanto, a "sofocracia", o governo dos sábios.
B - Platão era um crítico profundo das "opiniões populares", afirmando que a opinião popular - a doxa - se baseia em observações superficiais e sem fundamento, sendo, em geral, falsa e fundamentalmente inferior à filosofia.
C - Para Platão a "dinâmica democrática" deve se dar dentro de grupos dos "tipos de alma" dos sujeitos, de modo que os sábios devem sempre governar, os corajosos devem sempre guerrear e os demais devem sempre obedecer.
A) Em um plano ideal, os governantes deveriam ser indivíduos cujas “almas superiores” fossem capazes de, racionalmente, buscar o bem comum vinculado à ideia de justiça, homens cujas virtudes e educação específicas os tornassem aptos para exercer o comando de uma comunidade, de modo puro e honrado: trata-se dos sábios, dos “filósofos-reis”. Entretanto, entendendo que essa pureza e sabedoria não estão presentes em todos os indivíduos, e reconhecendo que as escolhas dos cidadãos podem refletir essas deficiências.
B) Platão argumenta que a opinião popular pode ser manipulada ou tendenciosa, produzindo uma degeneração do sistema político em etapas sucessivas.
C) O argumento de Platão sobre a dinâmica democrática mostra-se preponderantemente negativo. Isso acontece, em grande medida, porque a existência de uma diversidade de características individuais é encarada nessa dinâmica política como sendo algo nocivo à condução de um bom governo, uma vez que a existência de “almas” desprovidas da racionalidade filosófica se sobreporia às virtudes dos sábios e conduziria a sociedade a uma situação de desordem.