“A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.” João Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas) João Guimarães Rosa foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Os contos e romances escritos por ele ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas. (Wikipedia) Na frase de sua autoria, Guimarães Rosa estabelece uma distinção entre os atos de “colheita” e “capinar”, melhor representada na seguinte alternativa: A A colheita deve ser feita por todos, os mesmos que antes capinaram. B Todos devem participar da colheita e do ato de capinar. C Muitos colhem os frutos do trabalho de uma outra pessoa. D Sem esforço, não será possível atingir os resultados esperados da colheita. E É melhor capinar sozinho do que com interferências.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra C - Muitos colhem os frutos do trabalho de outra pessoa
Explicação:
A título de esclarecimento , Guimarães Rosa afirma, em sua obra, que “Muito do que colhemos hoje com abundância é fruto do capinar solitário e árduo de uns poucos sonhadores-poetas-profetas. Gente pequenina, tão pequenina, que acabou por se tornar mais sábia que os sábios.”
Portanto ele afirma que, apesar de o capinar ser muitas vezes um ato individual, o resultado da colheita é coletivo. Essa visão difere da do texto, no qual os dois processos deveriam ser feitos em conjunto.
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A distinção entre os atos de “colheita” e “capinar” está melhor representada em:
C) Muitos colhem os frutos do trabalho de uma outra pessoa.
“A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.”
A ação de capinar está relacionado ao ato de remover o capim, limpar o terreno, retirando as plantas danosas para permitir o plantio. A colheita é a coleta do que foi plantado.
Assim, antes de obter a colheita, o fruto do trabalho, é preciso trabalhar arduamente para permitir o plantio.
Então, ao dizer que o capinar é solitário e a colheita é comum, coletiva, Guimarães Rosa está falando, por metáfora, do fato de o fruto do trabalho ser colhido por muitas pessoas (algo coletivo), mas o trabalho em si foi individual, partiu de um esforço individual.
Muitas vezes, todos nós colhemos o fruto de um trabalho árduo e solitário feito por uma única pessoa.
Leia mais sobre a obra de Guimarães Rosa em:
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