A civilização maia pensava que o cacaueiro tinha origem divina.
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Explicação:
O cacau foi citado pela primeira vez em literatura botânica no início do século XVII como Cacao fructus por Charles de L'ecluse . Em 1737 foi introduzido o binômio Theobroma cacao L. A palavra Theobroma significa alimento dos deuses e é inspirada na crença mesoamericana da origem divina do cacaueiro. O termo cacau deriva da palavra cacahualt (idioma nahuatl) falada pela civilização maia.
Os povos maia e asteca cozinhavam o cacau e o trituravam com milho e pimenta aromatizando o preparo com baunilha e canela. À bebida davam o nome de xocatl. Além de servir como base para a bebida, que deveria ser ingerida ritualisticamente, as amêndoas de cacau circulavam como moeda.
Evidências apresentadas atualmente demonstram que índios Kuna, da costa do Panamá, eram protegidos contra a elevação da pressão arterial por meio da ingestão de grandes quantidades de cacau, consumidos até com sal. A mortalidade por eventos cardiovasculares comparado com indivíduos pan-americanos é de nove contra 83 para cada 100.000 indivíduos. Os emigrantes para áreas urbanas perderam essa proteção.
No século XVI, com uma centena de amêndoas de cacau era possível comprar um bom escravo (Bondar, 1938). Ainda sobre o uso do cacau como moeda, Peter Martyr da Algeria escrevia em 1530: "Abençoado dinheiro, que fornece uma doce bebida e é benéfico para a humanidade, protegendo os seus possuidores contra a infernal peste da cobiça, pois não pode ser acumulado muito tempo nem escondido nos subterrâneos".
O contato inicial dos europeus com o cacau foi em 1502, quando um dos navios da quarta expedição de Colombo às Américas encontrou na costa norte da atual Honduras uma canoa nativa contendo amêndoas de cacau para comércio. Na América do Sul, a Venezuela foi um dos primeiros países a introduzir o cultivo do cacaueiro