Administração, perguntado por ramongoldonypaty, 9 meses atrás

A circunstância que deu origem à governança corporativa foi o conflito de interesses existentes entre os gestores das empresas e seus acionistas. Antigamente o afastamento dos acionistas da propriedade permitia extrema liberdade de ação aos gestores, provocando o indesejável conflito de interesses. A implantação da governança corporativa nas organizações estabelece as condições ideais para enfrentar o mercado bastante competitivo, trazendo vários benefícios às empresas. Desenvolva um texto, entre 10 a15 linhas, destacando os principais benefícios adquiridos pela organização ao implantar um sistema de governança corporativa.

Soluções para a tarefa

Respondido por DanMello
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Resposta:

Governança corporativa é um sistema composto por processos, condutas, costumes e políticas a partir do qual uma instituição é administrada e monitorada.

Ele também engloba o alinhamento dos interesses dos stakeholders.

Isso significa que as práticas da governança corporativa não devem buscar o lucro a qualquer custo, mas sim satisfazer todas as partes interessadas no negócio.

Essas partes são os gestores e colaboradores (partes interessadas internas) e também fornecedores, investidores, credores, órgãos públicos e comunidade impactada pelas ações da empresa (partes interessadas externas).

O compromisso com os interesses de todos esses grupos de pessoas demanda que a governança corporativa seja também um sinônimo de transparência.

Porque as boas práticas pedem que as informações sobre o negócio sejam disponibilizadas para os stakeholders, mesmo que não haja nenhum regulamento exigindo isso.

A transparência é um dos princípios da governança corporativa, sobre os quais falaremos no tópico a seguir.

Ao contrário do que alguns pensam, a governança corporativa não é um sistema recomendado apenas para companhias de capital aberto.

É verdade que elas enfrentam desafios distintos, mas que igualmente podem ser melhor enfrentados com a governança corporativa.

Mesmo os negócios de família, que encaram questões como a necessidade de sucessão para a próxima geração, proteção dos ativos, formalização dos processos, acesso à informação aos sócios que não participam da gestão, etc.

No final, seja qual for o tamanho e a área de atuação da empresa, o resultado será o maior valor agregado ao negócio e um sistema organizado que contribui para a sua longevidade.

Explicação:

Os princípios da governança corporativa

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), organização sem fins lucrativos e principal referência no Brasil sobre o assunto, estabelece quatro princípios básicos da governança corporativa.

Transparência

Como antecipamos no tópico anterior, um sistema de governança corporativa implica em uma gestão transparente com todas as partes interessadas.

É importante destacar que as informações que devem ser disponibilizadas não dizem respeito apenas ao desempenho econômico-financeiro.

Há vários fatores – tangíveis ou intangíveis – que norteiam a gestão da companhia e podem ser de interesse dos stakeholders.

Equidade

Além de todas as partes interessadas terem acesso às informações de seu interesse, elas precisam receber um tratamento justo e igualitário.

Sem esquecer de contextualizar, é claro, os direitos, deveres, expectativas, necessidades e interesses de cada um, tenha ele participação ou não no negócio.

Accountability (prestação de contas)

O terceiro princípio da governança corporativa, de acordo com o IBGC, é a prestação de contas.

Enquanto a transparência se refere mais à proatividade da empresa em manter seus stakeholders bem informados, o accountability é uma responsabilidade mais latente.

Ele envolve prestar contas de modo compreensível e tempestivo e assumir integralmente as consequências de seus atos.

Esse princípio existe para reduzir a desconfiança e a chance de ocorrerem abusos por parte dos sócios e administradores.

Responsabilidade corporativa

O último princípio estabelece que os responsáveis pela governança corporativa devem atuar para reduzir as externalidades negativas da empresa e aumentar as positivas.

Isso implica em zelar pela viabilidade financeira das operações e pela manutenção de seus diversos capitais (financeiro, humano, social, ambiental, intelectual, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazo.

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