Artes, perguntado por josemariasousaalves7, 8 meses atrás

a arte Gótica Sua função é ocupar espaco dentro
das construçães
verdadeiro falso​

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Respondido por joadepalma
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Resposta:

Falso.

Explicação:

A arte gótica desenvolveu-se na Europa na última fase da Idade Média (séculos XII e XIV), num período de profundas transformações em que se assistiu à superação da sociedade feudal e à formação de novos centros de poder: as primeiras monarquias, as grandes cidades, o clero, as classes novas e ricas dos comerciantes e dos banqueiros. Tem início uma economia fundamentada no comércio, fazendo com que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade e apareça a burguesia urbana.

Nascida no coração da França (tornada reino sob a dinastia dos Capetos), precisamente na Ïle-de-France, a fértil e próspera região a Norte de Paris, onde ainda hoje se pode encontrar um ótimo tipo de rocha calcária, resistente e fácil de trabalhar.

O abade francês Surger tinha um problema. Em dias de festa sua igreja ficava cheia até a borda. Entre “a multidão… empenhada em se reunir para adorar e beijar as santas relíquias” escreveu, “ninguém em meio à intensa densidade de milhares de pessoas podia e mover um pé”.

A solução óbvia era aumentar a igreja. Durante a reforma, no entanto, Surger teve uma visão. Queria demolir as pesadas paredes, aumentar as janelas diminutas e dispersar a escuridão geral das abadias românicas. O abade imaginou um interior onde fluiria livremente pelo espaço, sem divisões, onde as paredes seriam extremamente delgadas e onde, principalmente, a luz de Deus preencheria a igreja de maneira figurada e literal. Quando Suger reconstruiu o coro, em Saint Denis (1135-44), segundo essa linha, inventou o estilo gótico.

A partir desse momento, as cidades francesas pareceram competir entre si na construção ou reconstrução de suas próprias igrejas no estilo gótico: a fachada da catedral de Chartres, Notre-Dame de Paris, a catedral de Reims, Notre-Dame de Amiens e a catedral de Beauvais assinalam o apogeu do gótico francês.

Da Ïle-de-France, o estilo gótico espalha-se por toda Europa. O primeiro edifício gótico inglês, a catedral da Cantuária, foi começado a construir em 1174 por um arquiteto francês, Guillaume de Sens; e dele temos outras obras-primas: a catedral de Loicoln, iniciada em 1192, Saint Andreas de Wells, a abadia de Westminster (1254), a catedral de Saint Trinity, em Gloucester.

O gótico alemão não só abrange a Alemanha dita, como todo o território linguístico das populações germânicas e estende a sua influência à Europa oriental e à Escandinávia, os exemplos são a catedral de Colônia, cuja primeira pedra foi lançada em 1248, a catedral de Friburgo, Santo Estevão em Viena, iniciada na primeira metade do século XIII.

Em Espanha e na Itália, o gótico é menos puro, surge, por assim dizer, latinizado, perdendo as suas características mais puras. As manifestações extremas datam dos finais do século XV, com o chamado gótico flamejante, que, no entanto, não tem a vitalidade criativa do anterior.

Em Portugal aparece o gótico manuelino onde os elementos habituais do gótico flamejante foram substituídos por elementos de inspiração náutica.

Ao longo do período em que a arquitetura gótica surge e se desenvolve em toda a Europa, em vastas zonas do solo hispânico assiste-se ao desenvolvimento paralelo de dois estilos diversos – o gótico e o mudéjar – que acabarão por fundir-se harmonicamente no século XV. Esta dualidade é consequência e símbolo, ao mesmo tempo, das duas raízes que sustentam a cultura espanhola: a europeia e a islâmica. É certamente possível, estudar separadamente uma e outra arquitetura.

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