A arte da crítica: história do elogio e do deboche Os Menestréis e os Trovadores
Vamos fazer um passeio pela longínqua Idade Média, quando até os livros eram um privilégio dos pouquíssimos afortunados que sabiam ler e podiam comprá-los, pois por serem copiados à mão, eram raríssimos e também muito caros, mas o artista, o menestrel, sempre arrumou um jeitinho para entreter e receber algo em troca, principalmente depois que as cortes foram ficando mais refinadas e os menestréis foram sendo substituídos pelos trovadores. Por isso, os menestréis tornaram-se errantes e passaram a entreter o povo. Foi assim que, nos vilarejos da época, aproveitavam a aglomeração das feiras, que normalmente aconteciam uma vez por semana, para se apresentarem e ganharem alguns trocados. Embora compusessem seus próprios contos, também decoravam obras de outros, acrescentando alguns floreios, tornando-se, assim, os divulgadores das obras de outros autores. poeta ambulante, que cantava seus poemas ao som de instrumentos musicais, punha-se a contar os mais variados tipos de história: romances, aventuras, lendas e coisa e tal. Podia ficar horas a fio entretendo o povo. Para guardar de memória tantas histórias, elas eram cantadas em versos, coisa que vinha de bem mais longe, lá da Antiguidade Clássica, como podemos ver nas narrativas épicas, Ilíada e Odisseia, também contadas em verso. As rimas ajudavam na memorização da história. Os instrumentos usados na época eram a rabeca (um precursor do violino) ou o alaúde, assim definido pelo “mestre Aurélio”: antigo instrumento de cordas dedilháveis, de origem oriental, com a caixa de ressonância sensivelmente abaulada, sem costilhas e em forma de meia pera, e com a pá do cravelhame inclinada, formando ângulo quase reto com o braço longo. Para muitos, era um parente próximo do violão e da viola de nossos dias. Os trovadores e menestréis estiveram presentes nas culturas francesa, espanhola e portuguesa. Tinham grande importância na vida do povo, pois falavam da cultura popular, dos acontecimentos e do amor, entre os muitos temas apresentados. Era comum, também, as competições entre eles, acompanhadas por instrumentos musicais.
Diferenças entre menestréis e trovadores: Menestréis – eram cantores, músicos, dançarinos, atores, palhaços, acrobatas, dramaturgos e malabaristas que vagavam de um lugar para o outro, entretendo as pessoas. Eram tidos como artistas menores.
Trovadores – faziam parte da nobreza e compunham música e poesia tendo o amor como tema preferido. Viviam de favores nas cortes. Suas poesias eram chamadas de cantigas, havendo dois tipos delas:
- As lírico-amorosas expressavam o eu lírico por meio de: Cantiga de Amor (do cavalheiro para a dama) e Cantiga de Amigo (da dama para o cavalheiro);
- As satíricas se preocupavam em ridicularizar os costumes da época, ou seja, os falsos valores morais: a de Escárnio era indireta e trazia duplo sentido, a de Maldizer, muitas vezes, citava o criticado e podia até conter palavrões.
As cantigas eram escritas à mão e reunidas em livros conhecidos como Cancioneiros. Pode-se dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa.Glossário Narrativa épica: gênero da literatura em que uma história é narrada em versos e exalta os grandes feitos de um herói ou de um povo. Cravelhame: parte do instrumento de cordas onde ficam as cravelhas, ou seja, as peças em que se enrolam as cordas. Eu-lírico: é um conceito que representa a voz do poeta ao expressar seus sentimentos e emoções no poema lírico.
Anexos:
Geoferreirasz:
vc sabe a resposta da a? to necessitada rs
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Resposta:
Sim é vdd, concordo com todas as possibilidades
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