7) O que significa desigualdades e segregação socioespacial.
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Resposta:DESIGUALDADES- A desigualdade social no Brasil, apesar dos avanços da primeira década dos anos 2000, ainda é considerada uma das mais altas do mundo. A desigualdade social prejudica cidadãos de todas as faixas etárias, principalmente os jovens de classe de baixa renda, impossibilitados de ascender socialmente pela falta de uma educação de qualidade , de melhores oportunidades no mercado de trabalho e de uma vida sadia e digna.A desigualdade social gera uma previdência enfraquecida que não consegue sustentar os aposentados dignamente; permite a existência de um mercado de trabalho e uma educação elitizada, onde poucos jovens de menor renda conseguem adquirir uma melhor formação escolar e profissional; e , dentre as piores conseqüências, propicia a ocorrência da violência urbana.O principal desafio é promover o direito ao cidadão viver dignamente, tendo real participação da renda de seu país através da educação e de oportunidade no mercado de trabalho e, em situações emergenciais, receber do governos benefícios sociais complementares até a estabilização de seu nível social e meios próprio de sustento.Em 2005, segundo o relatório do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Brasil ficou em oitavo lugar na pesquisa sobre a desigualdade social, ficando na frente de nações como Guatemala, Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa, Botsuana, Lesoto e Namíbia.
Em 2005, o relatório estudou 177 países, o Brasil obteve o oitavo pior índice. Segundo esse relatório, no Brasil, cerca de 46,9 da renda nacional estavam nas mãos de 10% mais ricos da população. Entre os 10% mais pobres, a renda era de apenas 0,7% Em pesquisa realizada pelo IBGE nos anos de 2008 e 2009, detectou-se que a família brasileira gasta cerca de 2.626,31 reais em média por mês. As famílias da região Sudeste gastam 3.135,80 reais contra 1.700,26 das famílias do Nordeste. Essa desigualdade no gasto mensal das famílias também é percebida entre as áreas urbana e rural.Na área urbana, a média de gasto é de 2.853,13 reais contra 1.397,29 nas áreas rurais. Esse relatório faz parte das primeiras divulgações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008/09. O estudo visitou 60.000 domicílios urbanos e rurais no período de maio de 2008 a maio de 2009. O estudo considerou despesas, rendimentos, variação patrimonial, e condições de vida das famílias.
SEGREGAÇÃO SÓCIO - ESPACIAL - O conceito de segregação revela a separação e distanciarão, bem como a restrição a certas variáveis da vida social, a indivíduos, grupos ou instituições característicos, tendo em vista objetivos sociais específicos. Este fenômeno repercute-se em situações como a ocupação social do espaço. Existe um desajustamento destas estruturas sociais, mais ou menos saliente, em relação à sociabilidade requerida pela vida em sociedade. Este afastamento é, por vezes, e mais raramente, voluntário por parte daqueles a quem se dirige, de modo a preservar a sua base cultural e reduzir conflitos ou tensões com diferentes grupos; no entanto, estes objetivos nem sempre se vêem cumpridos. Na sua maioria, a segregação é sustentada por um grupo dominante sobre outro “subordinado”, sendo, portanto, involuntária e obrigada por parte deste último. No caso da segregação em espaços urbanos, esta designa as maneiras como se apresenta dividida a estrutura social e espacial. Existem várias perspectivas sobre o fenômeno, bem como a sua repercussão em espaços urbanos. A segregação pode salientar diferenças e desigualdades entre grupos diferentes ou num mesmo grupo.É caracterizado pelo aumento do número de cidades e pela sua dimensão, bem como um aumento do volume e da densidade populacional; resultante, e principalmente, dos processos migratórios, que, devido à mobilidade geográfica (o êxodo rural, por exemplo) determinam uma alteração das ocupações setoriais da população. De referir é que estas mobilidades revelam-se extremamente importantes para o desenvolvimento e crescimento da urbe e, neste processo.Na migração, as dificuldades encontradas num espaço não conhecido fazem com que se verifique um maior estabelecimento de laços, união e apoio de indivíduos provenientes dos mesmos meios e que possuem algo em comum; isto também provoca que se assista a uma maior homogeneidade em termos populacionais em locais específicos, diferentes grupos e hierarquização entre estes, nos diferentes locais.Foi à industrialização que se ficou a dever uma alteração na organização da urbe, clarificando-se, deste modo, uma segregação em termos espaciais. São os indivíduos de estrato mais alto (que têm maior poder consumista, maior possibilidade de adesão a melhores equipamentos e serviços públicos, pois possuem maiores rendimentos econômicos) que incentivam a uma segregação, para deste modo se “protegerem” de grupos de baixo estatuto e menos favorecidos.
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