7.
Giramundo do Brasil, ao refletir sobre a carta, percebe que"... a cada leitura aumentava seu interesse pelas
coisas que não foram ditas". O que eram esses não ditos?
Soluções para a tarefa
⌫ Resposta
Giramundo era um garoto que gostava de viajar usando a imaginação. Inventava lugares, mapas, povos e línguas que não existiam. E inventava tão bem inventado que as pessoas ao redor ficavam em dúvida se as coisas saíam da sua cabeça ou se, de fato, haviam acontecido.
⌫ Introdução
“No fundo do peito, era difícil para Giramundo ter tantas ideias e ser
tão sozinho com todas elas. Era como se a imaginação não encontrasse tempo
e espaço corretos para existir. Giramundo era todo alegre em aproveitar o
tempo para criar amizades inventadas e lugares desconhecidos. E muitas vezes
brincava só, porque assim não havia perigo de ‘rompidão’.”
⌫ História
Giramundo, personagem criado pelo escritor Fábio Monteiro e pelo ilustrador André Neves em Cartas a Povos Distantes, um dia recebe um envelope desconhecido, sem remetente. Dentro há um papel amarelado pelo tempo e linhas em branco, com uma localização geográfica e data de origem: Luanda, 3 de novembro de 1985. As dúvidas logo pipocam em sua mente: quem enviou aquela mensagem?, seria uma brincadeira para testar sua esperteza?, ou será que é alguém realmente tentando fazer contato?
Curioso, Giramundo decide responder a carta e, quem sabe, fazer um amigo. Ainda cheio de dúvidas, o garoto escreve, também de forma misteriosa. E a resposta chega.
Os dois garotos, brasileiro e luandense, passam, então, a trocar cartas repletas de afeto e generosidade. Compartilham informações sobre seus povos, suas famílias, suas vidas. Assim, aos poucos, se aproximam, descobrem semelhanças e diferenças. Puro encantamento.
Cartas a Povos Distantes nasceu de uma história real, de troca de cartas e amizade, vivida por Monteiro. O relato, emocionante, está no final da obra.
As ilustrações de Neves são doces e imaginativas, como o texto de Monteiro, e têm retrata ainda o certo mistério que cerca a troca de cartas. Neves já esteve outras vezes nesta Estante de Letrinhas, com Mel na Boca, Tom e Carmela Caramelo. Que gosta do trabalho de Neves ou quer conhecê-lo um pouco mais, a dica é a exposição André Neves em Caminho, em cartaz no Sesc Ribeirão Preto até 20 de setembro.
ASS: blues