6. Leia o texto sobre Michel Foucault: Durante a era moderna, o corpo se tornou alvo de dois tipos de pesquisas e escritas. Uma forma anatômica e metafísica, dos filósofos e dos médicos, e uma forma técnica e política, que estava presente nos regulamentos de instituições e de formas de condutas disciplinadoras, como, por exemplo, no exército, no hospital e na família. Para a forma de escrita sobre o corpo anátomo-metafísica dizia e se invetigava as funções do corpo, cada órgão, cada detalhe, e se procurava entendê-lo em um conjunto moral – todas as questões orbitavam as funções. Por exemplo: olho, o que é? Para que serve? Como funciona? Qual a sua função biológica e moral? Para a forma de escrita sobre o corpo técnica-política o que se dizia apontava como torná-lo apto para um ideal de vida social. Por isso, estas técnicas informavam como fazer com que uma pessoa fosse capaz de produzir algo, como por exemplo, como um trabalhador pode conseguir mais de seu trabalho e em menos tempo, como acalmar uma pessoa considerada louca, como impedir que as crianças utilizassem indevidamente os órgãos genitais, como impedir que os soldados ficassem “molengas”, e muitos outros. Estes conhecimentos sobre o corpo faziam com que cada vez mais as pessoas procurassem viver de forma a corresponder a eles. Assim, logo se descobriu que o que se faz com o corpo, se faz com a subjetividade das pessoas. Se alguém é treinado para ser soldado, logo ele pensará com os ideais de um soldado, terá emoções de soldado, ou seja, estará moldado por dentro e por fora para ser um soldado. O que se diria então dos esportistas, dos religiosos, dos alunos, dos trabalhadores? A modernidade a partir do corpo aprendeu a moldar as pessoas por completo, não apenas por teoria, mas sobretudo, por meio de técnicas. Elabore uma síntese sobre o texto(10linhas)
7. Leia o texto: Adorno e Horkheimer “Na indústria, o indivíduo é ilusório não apenas por causa da padronização do modo de produção. Ele só é tolerado na medida em que sua identidade incondicional com o universal está fora de questão. Da improvisação padronizada do jazz até os tipos originais do cinema, que têm de deixar a franja cair sobre os olhos para serem reconhecidos como tais, o que domina é a pseudoindividualidade. O individual reduz-se à capacidade do universal de marcar tão integralmente o contingente que ele possa ser conservado como o mesmo.
Assim, por exemplo, o ar de obstinada reserva ou a postura elegante do indivíduo exibido numa cena determinada é algo que se produz em série exatamente como as fechaduras Yale, que só por frações de milímetros se distinguem umas das outras. As particularidades do eu são mercadorias monopolizadas e socialmente condicionadas, que se fazem passar por algo natural. Elas se reduzem ao bigode, ao sotaque francês, à voz grave de mulher de vida livre [...]: são como impressões digitais em cédulas de identidade que, não fosse por elas, seriam rigorosamente iguais e nas quais a vida e a fisionomia de todos os indivíduos – da estrela do cinema ao encarcerado – se transformam, em face ao poderio do universal. A pseudoindividualidade é um processo para compreender e tirar da tragédia sua virulência: é só porque os indivíduos não são mais indivíduos, mas sim meras encruzilhadas das tendências do universal, que é possível reintegrá-los totalmente na universalidade. A cultura de massas revela assim seu caráter fictício que a forma do indivíduo sempre exibiu na era da burguesia, e seu único erro é vangloriar-se por essa duvidosa harmonia do universal e do particular.” ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p. 144-5. Elabore um texto sobre a relação entre A Industria Cultural e a formação da identidade, e o surgimento da pseudoindividualidade.
8. Escreva sobre a relação entre impulso e repressão do impulso em Freud.
9. Segundo Freud, quais são as estruturas da psique humana?
10. Qual é o sentido da linguagem para Lévinas?
11. Segundo Sartre, por que os outros são fundamentais para nossa individualidade?
12. O que é a liberdade em Sartre?
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