História, perguntado por racascountryboots, 7 meses atrás

5. Leia o fragmento do texto a seguir:
O crescimento industrial verificado no governo Juscelino Kubitscheck acabou por favorecer os grupos
empresariais ligados ao capital transnacional, estimulando a oferta de bens de consumo para as classes
médias, mas não alterou o quadro de desigualdade social que relegava à miséria a maior parte da população
brasileira.
(In: Flávio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da História. São Paulo: Escala Educacional, 2005. p. 551)
O texto faz referência à política econômica baseada no nacional-desenvolvimentismo. Essa política visava:
a) ( ) conciliar as diferentes classes sociais do país, por meio da valorização do trabalho, da disciplina e do
estímulo ao desenvolvimento do nacionalismo.
b) () promover a industrialização do país, mas sem que isso implicasse subordinação e dependência em
relação às potências estrangeiras, como os Estados Unidos.
c) () estimular a industrialização mediante associação com o capital estrangeiro, por meio da utilização de
empréstimos e da instalação de empresas multinacionais no país.
d) ( ) consolidar o perfil econômico do país, estimulando a agroindústria e os setores agrícolas voltados ao
mercado externo.
/historia-do-brasil/republica-liberal> acesso em 21 de ago. de 2020.​

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Respondido por merlinmorningstar
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Resposta Letra C

Explicação completa da matéria caso seja útil:

    Durante sua história, o Brasil passou por vários governos com programas desenvolvimentistas. Mas, no geral, todos os governos realizam investimentos no desenvolvimento do país de forma constante, programados pelo Orçamento Anual da União. Porém, alguns períodos ficaram mais famosos.

   Nos anos 50, Juscelino Kubitschek foi um presidente famoso pelo incentivo à indústria automobilística, à abertura de estradas e pela criação de Brasília. Juscelino fez do embate entre a matriz desenvolvimentista e a matriz monetarista, que privilegiava a estabilização, um poderoso instrumento de ação política, capaz de mobilizar diferentes setores da sociedade a partir da evocação de um ideário nacionalista. Por isso, é-lhe creditado o ideário do Nacional Desenvolvimentismo.

   Posteriormente, nos anos 70, os governos militares ficaram infames por praticar uma agenda desenvolvimentista no país em moldes autoritários, com investimentos em infra-estrutura (abertura e asfaltamento de milhares de quilômetros de estradas, construção de usinas de energia como Itaipu e outras, a Ponte Rio-Niterói, aeroportos, portos, criação do Pro-Álcool e da Telebrás etc.) há muito necessários, porém sem participação e principalmente fiscalização dos diversos setores sociais.

   O governo do presidente Fernando Henrique Cardoso investiu na duplicação de 1300 km de rodovias entre Belo Horizonte e Florianópolis, e dos trechos BR-232 (140 km entre Recife e Caruaru) e BR-230 (132 km entre João Pessoa e Campina Grande), incrementando a economia nordestina. FHC também asfaltou rodovias de terra da Região Norte, para melhorar a economia e a integração nacional: com a Venezuela, ao asfaltar a rodovia BR-174 (988 km ligando Manaus-Boa Vista-fronteira com Venezuela), e com o Peru e Bolívia, ao asfaltar a rodovia BR-317 (331 km ligando Rio Branco a Assis Brasil, na fronteira tríplice). Porém, ideário liberal básico de seu governo materializou-se em iniciativas que mudaram institucional e patrimonialmente a relação entre Estado e mercado. Seu alvo central foi quebrar alguns dos alicerces legais do Estado nacional-desenvolvimentista, parte dos quais fora constitucionalizado em 1988. Ou seja, visaram reduzir a participação estatal nas atividades econômicas e dar tratamento igual às empresas de capital nacional e estrangeiro. O governo Cardoso conseguiu isso através da aprovação quase integral de projetos de reforma constitucional e infra-constitucional que submeteu ao Congresso Nacional. Os mais relevantes foram: a) o fim da discriminação constitucional em relação a empresas de capital estrangeiro; b) a transferência para a União do monopólio da exploração, refino e transporte de petróleo e gás, antes detido pela Petrobras, que tornou-se concessionária do Estado (com pequenas regalias em relação a outras concessionárias privadas); c) a autorização para o Estado conceder o direito de exploração de todos os serviços de telecomunicações (telefone fixo e móvel, exploração de satélites, etc.) a empresas privadas (antes empresas públicas tinham o monopólio das concessões). Esse modelo no Brasil se caracterizou pela alta rotatividade nas vagas de trabalho na década de 1990, conforme artigo publicado em 1998.

   Já o governo do presidente Lula lançou o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), que é um programa do Governo Federal englobando um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os próximos 4 anos, que se destinam a acelerar o crescimento econômico do país.

   A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, implementou uma nova matriz econômica de cunho desenvolvimentista, que tinha por objetivo acelerar mais ainda o crescimento econômico por meio de incentivos à indústria. A própria presidente, afinal, era formada em economia em escola de tradição industrialista. Porém, a matriz fracassou, sendo apontada como uma das causasa da crise econômica brasileira de 2014 em diante.

Anexos:

racascountryboots: valeu
racascountryboots: ok
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