5) em uma narrativa, chamamos de desfecho A solução do conflito vivido pelos personagens Comente o desfecho desse apólogo.
O texto pra responder:
A Xícara e o Bule: um apólogo
Postado por Marijane Martins
Após o café da tarde, sobre a mesa da varanda, a Xícara disse para o velho Bule:
– Ah… eu sou a mais bela peça da copa!
A qual respondeu o Bule:
– Tu? Ora essa!
– Sim! Sou a mais bela peça, e a mais importante também! – retrucou a xícara indignada.
– É mesmo? – perguntou o Bule, com ironia.
– Podes rir bule velho! – disse a Xícara, fechando a cara.
– Ora, não me leve a mal. Tu sabes que eu gosto muito de ti – disse amigavelmente o Bule cheio de chá.
Mas dona Xícara, ignorando o senhor Bule, continuou a discorrer amorosamente sobre as suas qualidades admiráveis:
– Pois então. É a mim que os senhores levam à boca, todos os dias, e me cobrem de beijos enquanto bebem o chá. Sou feita de porcelana delicada, com belas florzinhas pintadas de dourado, que refletem a luz e brilham como num sonho. Não é qualquer um da casa que pode me tocar.
O Bule, muito sensato, tentou transmitir uma lição:
– Mas, minha amiga, o que realmente importa é o nosso destino. O que disseste sobre tuas florzinhas é somente vaidade, mas ir à boca dos senhores é o teu dever. E sou eu que fervo a água e preparo o chá no meu interior, o qual é servido por ti. Tal é o meu destino. Tu percebes que nós dois, juntos, temos um sentido na vida?
Dona Xícara riu-se, e disse com desprezo:
– Oh, sim! Então não sou diferente dos copos de vidro grosseiro que as crianças usam para beber? Escuta, filósofo, serei franca contigo: tu tens inveja…
– Inveja? – perguntou o Bule.
– Sim! – respondeu a Xícara – pois eu estou sempre cheirosa e doce, e tu tens cheiro de bule velho e borra de chá. Lavam-me cuidadosamente, e guardam-me no armário de vidro, junto com as louças finas e os cristais, para embelezar a casa; enquanto tu és lavado com palha de aço e te escondem dentro da pia, para que não te vejam. Sou estimada, e quanto mais velha eu me torno, mais valiosa fico. E tu? És velho, manchado, cheio de amassadinhos, e és feito de metal ordinário…
O Bule ia responder alguma coisa, porém desistiu. Como poderia argumentar com uma xícara vaidosa e cabeçuda?
Nesse momento o gato da casa, inesperadamente, pulou em cima da mesa da varanda tentando caçar um besouro. O gato foi tão rápido e desastrado que nem escutou os gritos do senhor Bule e da dona Xícara:
– Cuidado!
Mas era tarde demais, e os dois caíram no chão. O velho Bule, que tinha uma base pesada, caiu e rodou como um pião, ficando em pé quando parou. E a bela Xícara, pobrezinha, espatifou-se nas lajes da varanda.
Uma lágrima de chá deslizou suavemente pela fronte do senhor Bule, enquanto observava a pequena luz de vida que aos poucos desaparecia dos caquinhos de porcelana.
– Minha amiga – disse o Bule, entristecido – escarneceste dos meus amassadinhos. Pois são as marcas da experiência, dos muitos tombos que levei na vida…
E a Xícara, definhando, respondeu num fio de voz:
– Sem essa, convencido! Se não fosse eu, tu não terias a oportunidade de ficar aí, fazendo pose de sábio!…
Soluções para a tarefa
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Resposta:
a xícara contra o bule
Explicação:
a revolta da xícara conta o bule
Anexos:
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3
Resposta:
O Bule desistiu de argumentar contra a xícara, e no final os dois se deram mal
Explicação:
A xícara era muito vaidosa e cabeçuda. O Gato desastrado espatifou-se a xícara
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