4) Por que D. Pedro I teve dificuldade para manter o Brasil unido após a sua independência?
Urgenteeeeeede
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Resposta:
essa é a resposta (me segue)
Resposta / Explicação:
A partir da Independência e por quase duas décadas, o Brasil viveu um dos períodos mais conturbados de sua História. São duas ordens de problemas, uma política e outra econômica.
Havia uma permanente tensão envolvendo conservadores que desejavam uma recolonização do país, especialmente comerciantes portugueses, e setores da elite brasileira, ansiosos por aprofundar o processo de separação.
O próprio príncipe D. Pedro personalizava uma ambiguidade política. Embora fosse o soberano do novo país, era filho do monarca metropolitano. Como pano de fundo, havia o já comentado quadro de virtual falência nas contas públicas, com graves reflexos na economia.
As disputas se expressaram na Assembleia Constituinte, instalada em maio de 1823, que elaboraria a primeira Carta brasileira. Em novembro, cedendo aos apelos dos setores conservadores, D. Pedro dissolve a Assembleia. Um emaranhado de motivos, tendo como centro questionamentos à autoridade do Imperador motivou seu gesto.
Mudava-se o estatuto do país, mas as relações políticas e sociais internas permaneceriam praticamente inalteradas. A ideia de D. Pedro era instalar um governo absolutista à moda europeia.
Em seguida, o monarca redigiu um novo projeto de Constituição, com apoio dos conservadores. Ela entrou em vigor em 25 de março de 1824, imposta ao país quase sem debate. A repercussão foi negativa. Muitas regiões tinham escolhido representantes que viram sua delegação desrespeitada.
Uma das primeiras consequências da situação, potencializada pela estagnação econômica, foi a eclosão de diversas revoltas pelo país. A mais importante delas aconteceu em Pernambuco, a partir de 2 de julho, num movimento republicano conhecido como Confederação do Equador, que aglutinaria outras províncias da região. Uma constituinte local definiu as linhas gerais de governo e proibiu o tráfico de escravos no porto de Recife.
A reação da Corte não se fez tardar. Tropas governistas, auxiliadas pelo mercenário inglês Thomas Cochrane, invadiram a capital da província com extrema violência. Em 29 de novembro de 1824, a Confederação estava dissolvida. Seu principal líder, Frei Caneca, seria fuzilado semanas depois.
No início de 1826, o Império desencadeou novo foco de tensões: uma guerra contra a Argentina pela posse da Província Cisplatina, atual Uruguai. Ao longo de três anos, o conflito tragou a vida de cerca de 10 mil brasileiros e mostrou-se um inesgotável sorvedouro de recursos.
O enfrentamento impopular levaria o governo a um desgaste de três anos, até a assinatura de um acordo mediado pela Inglaterra. Brasil e Argentina saíram do enfrentamento com mais dívidas junto à City londrina.
As províncias tinham pelo menos uma perspectiva comum. Era a tentativa de obterem autonomia federativa para que os negociantes locais pudessem comercializar com mais liberdade.
As províncias mais populosas eram Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Suas economias não eram integradas, voltavam-se para a exportação e mantinham relações, na maior parte das vezes, diretas com a Europa. Ao mesmo tempo, eram obrigadas a recolher impostos, centralizados no Rio de Janeiro.
A crise econômica persistia. Ao longo dos anos seguintes, a situação não melhorou e as inquietações provinciais continuaram. Nesse meio tempo, vários comerciantes da Corte se opuseram ao monopólio de crédito do Banco do Brasil.
A instituição foi apontada como responsável pela estagnação. Criado em 1808 por D. João VI, combinando fundos privados e administração estatal, o banco fora pensado para dotar o país de créditos necessários ao desenvolvimento.
Os particulares foram atraídos a investir na instituição através da promessa de privilégios e favores governamentais. A proposta de fechamento, consumada em 1829, representou um enfraquecimento da autoridade governamental.
O governo central se isolava e o descontentamento florescia na Corte e nas províncias. O comércio na Corte estava às moscas. Sem o Banco do Brasil e com um clima de desconfiança geral no futuro, o diminuto crédito disponível se retraía.
As poucas fábricas existentes trabalhavam a meio vapor. Fechando o círculo, caía a arrecadação fiscal e não havia solvência nas contas do Estado. A perda de legitimidade de D. Pedro acentua-se nos meses seguintes, reduzindo as margens de manobra de seu governo...
Até ...