História, perguntado por robsonmariano1561, 8 meses atrás

4) Nelson Mandela foi o líder da revolução contra o Apartheid. o que essa
política pregava?​

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Respondido por isinhaklas
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Resposta:

“Para o uso de pessoas brancas” é o que diz a placa da imagem abaixo. Esse era um aviso comum de se encontrar na África do Sul até o início dos anos 90. Se você não fosse branco e se deparasse com essa placa, teria que dar meia volta – você não era autorizado a frequentar esse lugar. A livre circulação não foi o único direito negado durante o apartheid, diversas leis foram criadas para separar os brancos de outras raças consideradas “inferiores”.

Sabendo da importância desse período não só para a história sul-africana, mas de todo o mundo, o Politize! preparou esse texto para explicar a história do apartheid e a liderança de Nelson Mandela no combate a esse sistema racista.

O que foi o apartheid?

Apartheid significa “separação” em africâner, língua falada na África do Sul cujas origens remetem ao idioma neerlandês, dos holandeses. O apartheid foi um sistema de segregação racial instituído na África do Sul em 1948 pelas elites brancas que controlavam o país e sustentava-se no mito da superioridade racial europeia. Baseando-se na crença de que os brancos europeus eram superiores aos negros e outras etnias, os brancos acreditavam que deveriam viver separados.

Essa ideologia não parece inédita, não é mesmo? Infelizmente, na história recente do nosso planeta, não faltam exemplos de grupos de pessoas sobrepondo-se à outras com justificativas de superioridade. Exemplos famosos como a escravidão, o nazismo e a própria segregação racial que também ocorreu nos Estados Unidos são episódios famosos dessa triste convicção.

O apartheid ficou famoso no mundo todo pelas duras leis segregacionistas impostas à sociedade sul-africana. Durante os períodos de vigência desse sistema, os não brancos eram proibidos de frequentar os mesmos lugares que os brancos, de ter a posse de terras, de circular livremente pelo território e é claro, de participar das decisões políticas do país. Mas afinal, quais são as origens desse regime e como ele se sustentou por tantas décadas? Vamos responder a essas e outras perguntas ao longo deste texto!

As origens do apartheid

Entre os séculos XVII e XIX, o território sul-africano foi alvo de disputas entre Holanda e o Reino Unido, interessados principalmente nas minas de ouro e diamantes existentes na região. O país foi dominado primeiramente pelos holandeses e posteriormente pelos britânicos, que assumiram o poder na região em 1902, após vencer a Guerra dos Bôeres. Foi em 1910 que Louis Botha, o então Primeiro-Ministro da União da África do Sul, adotou as primeiras leis de segregação racial.

Entre as primeiras leis de segregação e a instituição do apartheid – que transformou o racismo em lei – algumas normas foram adotadas e contribuíram para a construção do que viria a ser um dos ordenamentos jurídicos mais truculentos da humanidade.

A instituição do apartheid

Em 1948 o Partido Nacional vence as eleições utilizando o slogan “Apartheid”. Isso significava que o grupo que estava assumindo o controle tinha claras intenções de aprofundar a política de segregação racial na região. Mas em um país de maioria negra, como foi possível esse partido eleger-se? Como você talvez já tenha imaginado, participavam das eleições apenas os brancos – os negros e as outras etnias não descendentes de europeus não tinham o direito ao voto. É nesse momento que o regime de segregação apartheid é oficialmente adotado no país.

 Alguns exemplos de leis criadas após essas eleições:

Prohibition of Mixed Marriages Act (1949): proibia o casamento entre pessoas brancas e de outras raças;

Population Registration Act (1950): essa lei classificava a população entre “grupos raciais”. Era a partir dessas classificações que as pessoas eram separadas. Muitos indivíduos foram separados de suas famílias por terem sido classificados em grupos diferentes dos seus parentes.

Além dessas, diversas outras leis foram criadas durante o regime do apartheid. Todas elas tinham o intuito de manter a população não branca em condições precárias e posições sociais marginalizadas. Dessa forma, garantia-se à elite branca seu poder econômico, político e militar e impedia-se a ascensão social das raças consideradas “inferiores”.

Entrada do museu do apartheid em Joanesburgo. Os ingressos são distribuídos aleatoriamente com a classificação de brancos e não brancos. O visitante deve percorrer o caminho conforme o grupo em que foi classificado. Foto: Annette Kurylo

O combate ao apartheid

A principal organização política de representação dos negros e de combate ao apartheid foi o Congresso Nacional Africano (CNA), fundado em 1912. A princípio, o CNA adotava uma estratégia de resistência não violenta e de diálogo. Em 1955, a organização publicou a Carta da Liberdade, um documento que pedia o fim do regime racista e defendia a distribuição da riqueza no país.

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