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Nesse momento, você poderá estabelecer um diálogo com o autor. O trecho que segue traz uma reflexão sobre a relação de poder e dependência dos homens em relação à técnica moderna, e nos chama a refletir sobre ética no contexto tecnológico.
A técnica moderna está interiormente instalada para o emprego em larga escala e, nesse processo, torna-se, talvez, demasiado grande para a extensão do palco sobre o qual ela se passa – a Terra – e para o bem-estar dos próprios atores – os homens. Isso, pelo menos, é certo: ela e suas obras se propagam sobre o globo terrestre; seus efeitos cumulativos se estendem possivelmente sobre inúmeras gerações futuras. Com aquilo que aqui e agora fazemos, e, na maioria das vezes, com os olhos sobre nós mesmos, influenciamos maciçamente a vida de milhões em outros lugares, e futuramente, que não tiveram nenhu- ma voz naquilo que fazemos. Sacamos hipotecas sobre a vida futura por proveitos e necessidades pre- sentes e de curto prazo – e, no que concerne a isso, por necessidades na maioria das vezes autogera- das. Talvez não possamos evitar, de todo, agir dessa maneira ou semelhantemente. Porém, se esse é o caso, então temos que empregar a mais extrema atenção em fazê-lo com honestidade em relação a nossos descendentes, ou seja, de maneira que as chances de eles se libertarem daquela hipoteca não fique antecipadamente comprometida. O ponto relevante aqui é que a ingerência de dimensões remotas, futuras e globais em nossas decisões cotidianas, prático-mundanas é uma novidade ética, de que a téc- nica nos encarrega; e a categoria ética que é principalmente chamada ao primeiro plano por esse novo fato se chama responsabilidade. Que essa se coloque, como jamais outrora, no ponto central do palco ético, inaugura um novo capítulo na história da ética, que reflete as novas ordens de grandeza do poder, que a ética doravante tem que ter em conta. As conclamações à responsabilidade crescem proporcio- nalmente aos feitos do poder. GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Hans Jonas: por que a técnica moderna é um objeto para a ética? Natureza humana. São Paulo, v. 1, n. 2, p. 407-420, dez. 1999.
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Soluções para a tarefa
A técnica moderna é um objeto para a ética porque compromete a vida das próximas gerações. Hans Jonas aponta para a ética da responsabilidade, afirmando que devemos hoje optar por melhores métodos para não comprometer a vida do planeta e as futuras gerações.
A ética da responsabilidade de Hans Jonas
Hans Jonas (1903-1993) é um importante filósofo do século XX. Sua obra "O Princípio Responsabilidade" de 1979, foi o marco inicial para os principais movimentos ambientalistas e o início da Bioética.
Sua tese se volta para a responsabilidade dos seres humanos, na escolha e implantação dos métodos na era tecnológica em relação a utilização de recursos naturais e o bem-estar das futuras gerações.
Assim coloca a ética mediando as técnicas usadas pela ciência e sua relação com a natureza, que não pode mais ser vista pela utilidade, mas pela necessidade de manutenção da vida como um todo e de maneira responsável.
Uma grande questão para os filósofo foi a capacidade da ciência moderna em alterar material genético, cujas repercussões somente serão sentidas pelas próximas gerações.
Aprenda mais sobre a Ética da Responsabilidade de Hans Jonas em: brainly.com.br/tarefa/23879985
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