4-Leia o texto e responda à questão. Francisco se foi, vamos falar de juventude? Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores Por Dal Marcondes — publicado 30/07/2013 Até poucos dias antes da chegada do papa Francisco ao Brasil a pauta de juventude não era bucólica e carregada de mensagens de paz e esperança. Pelo contrário, era alto o brado pela redução da maioridade penal e fortes os ataques ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que garante direitos a uma das pontas frágeis da sociedade. Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores. Não há uma reflexão nos meios de imprensa sobre o papel dos jovens na sociedade enquanto atores capazes de oferecer a energia que alimenta as utopias ou pessoas com grande capacidade para inovar e propor caminhos, alternativas e novas tecnologias. A abordagem da imprensa dos fatos de uma sociedade não é feita pela ótica da normalidade, daquilo que é a rotina do cotidiano, mas da exceção. Ou seja, quando um adolescente comete um crime bárbaro aquilo é martelado à exaustão nos canais de TV e jornais, principalmente porque a anomalia é notícia e, portanto, vende mais, atrai mais público. A repetição da anomalia cria na sociedade uma falsa sensação de que aquilo é corriqueiro, que os crimes cometidos por jovens são a maioria e que eles precisam ser punidos. Por outro lado, o tratamento desqualificado e muitas vezes brutal recebido por jovens encarcerados em instituições que deveriam garantir seus direitos à educação, saúde, moradia e outros é fato corriqueiro, portanto, deixa de ser notícia. Não é abordado pela mídia, a não ser em casos de rebelião, quando novamente a exceção rompe a barreira da rotina e exige seu espaço nas manchetes. O debate sobre a maioridade penal deveria ser mais abrangente, envolvendo uma discussão ampla sobre as políticas voltadas para a juventude em todo o Brasil, nas questões de educação, saúde e moradia, mas principalmente em relação ao acesso dos jovens a oportunidades, principalmente de trabalho. [...] Disponível em: . Acesso em: 15 de junho de 2015. (adaptado)
Em “Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores”, há uma ideia sustentada pelo argumento de que :
(A)a imprensa aborda os fatos do cotidiano destacando o que é exceção e não normalidade sobre os jovens.
(B)a população carcerária no Brasil é constituída por jovens de 18 a 24 anos, em sua maioria.
(C)a sociedade brasileira aceita a importância do ECA para garantir os direitos da juventude.
(D)a imprensa reconhece o papel dos jovens e sua capacidade de inovar e traçar novos rumos para a sociedade.
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