3) Quais os efeitos sociais da terceira revolução industrial?
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As inovações tecnológicas aplicadas à forma como as indústrias produzem hoje, no mundo, são cada vez mais velozes. Novas áreas cientificamente sofisticadas, como a nanotecnologia e a biotecnologia, devem alterar profundamente a maneira como as indústrias fabricam os produtos, mudanças que muitos têm chamado de a Terceira Revolução Industrial. Mas até que ponto essa nova onda tecnológica vai, de fato, se difundir e mudar tudo? Essa análise será apresentada pelo professor Afonso Carlos Corrêa Fleury, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, na 2ª Conferência USP sobre Engenharia, evento que será realizado de 6 a 8 de novembro, no auditório “Prof. Francisco Romeu Landi” da instituição, em São Paulo.
A conferência será focado em três temas: “Materiais, Manufatura e Sustentabilidade”; “Projetos de Engenharia – Fatores Humanos”; “Projetos de Computação – Fatores Humanos”. A apresentação do professor Fleury, cujo título é “The future of manufacturing and the challenge of work organisation”, integra o bloco de discussões sobre o segundo tema e será realizada no dia 7 de novembro, às 16h15.
“Fazendo-se uma revisão histórica, veremos momentos em que se admitiu revoluções baseadas em novas tecnologias, mas o que determinou as mudanças mais significativas não foi a evolução tecnológica, em si, mas a formação de novos arranjos organizacionais”, explica Fleury. “Foi a combinação de novas tecnologias com novas formas organizacionais do trabalho que operou como agente de mudança”, completa.
Um aspecto importante, resgatado na análise histórica, é a experiência de empresas que adotaram de forma maciça as novas tecnologias, muito precocemente, e pagaram o preço ao saírem na frente. “Aquelas empresas que foram com muita sede ao pote, e começaram a aplicar de maneira muito intensa essas novas tecnologias, não conseguiram se sair bem do ponto de vista da competitividade”, explica. Exemplo dessa situação são as fábricas da década de 1980 que foram extremamente automatizadas e tiveram resultados financeiros muito ruins no período.
Uma análise comparativa desse histórico com o que está acontecendo hoje mostrará que não é a evolução tecnológica o fator preponderante nas mudanças na produção. “Estão sendo prometidas novas tecnologias revolucionárias, mas o problema fundamental é a forma de organizar essas empresas e, mais particularmente, o trabalho”, enfatiza.
Para o professor, três aspectos precisam ser considerados nas análises sobre as promessas de mudança da Terceira Revolução Industrial. Primeiro, essas alterações vão afetar de forma diferente os diferentes tipos de empresas. “Hoje, temos um leque de empresas envolvidas em sistemas produtivos que apresentam perfis muito distintos. Essas tecnologias vão influenciar essas empresas de maneira muito diferente”, acrescenta.
Segundo, haverá distinção nos impactos dessas tecnologias em indústrias da América Latina e, mais especificamente, do Brasil, em relação aos países mais ricos. “Estamos competindo de maneira muito diferente dos países desenvolvidos”, destaca.
O terceiro aspecto se refere aos recursos humanos. “Já temos discussões sobre a falta de pessoas para desenvolver e utilizar essas tecnologias. Mesmo em países desenvolvidos discute-se esse déficit de gente qualificada”, nota o professor. “Falamos do desenvolvimento tecnológico, agora precisamos investir no desenvolvimento de pessoas. As previsões sobre essa próxima revolução industrial precisam ser relativizadas por outras previsões, que tratam do perfil do trabalhador e das formas de organização do trabalho”, conclui.
Outros palestrantes – David Dornfeld, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA); Peter Heinncke, do Instituto de Clima, Meio Ambiente e Energia (Alemanha); e Christophe Dejours, do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios (França) são alguns dos seis especialistas estrangeiros com presenças confirmadas na 2ª Conferência USP sobre Engenharia.
Além dos convidados estrangeiros, participarão especialistas das engenharias da USP de São Paulo e São Carlos, como Vahan Agopyan, do Departamento de Engenharia de Construção Civil, que hoje ocupa o cargo de pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade.
A conferência será focado em três temas: “Materiais, Manufatura e Sustentabilidade”; “Projetos de Engenharia – Fatores Humanos”; “Projetos de Computação – Fatores Humanos”. A apresentação do professor Fleury, cujo título é “The future of manufacturing and the challenge of work organisation”, integra o bloco de discussões sobre o segundo tema e será realizada no dia 7 de novembro, às 16h15.
“Fazendo-se uma revisão histórica, veremos momentos em que se admitiu revoluções baseadas em novas tecnologias, mas o que determinou as mudanças mais significativas não foi a evolução tecnológica, em si, mas a formação de novos arranjos organizacionais”, explica Fleury. “Foi a combinação de novas tecnologias com novas formas organizacionais do trabalho que operou como agente de mudança”, completa.
Um aspecto importante, resgatado na análise histórica, é a experiência de empresas que adotaram de forma maciça as novas tecnologias, muito precocemente, e pagaram o preço ao saírem na frente. “Aquelas empresas que foram com muita sede ao pote, e começaram a aplicar de maneira muito intensa essas novas tecnologias, não conseguiram se sair bem do ponto de vista da competitividade”, explica. Exemplo dessa situação são as fábricas da década de 1980 que foram extremamente automatizadas e tiveram resultados financeiros muito ruins no período.
Uma análise comparativa desse histórico com o que está acontecendo hoje mostrará que não é a evolução tecnológica o fator preponderante nas mudanças na produção. “Estão sendo prometidas novas tecnologias revolucionárias, mas o problema fundamental é a forma de organizar essas empresas e, mais particularmente, o trabalho”, enfatiza.
Para o professor, três aspectos precisam ser considerados nas análises sobre as promessas de mudança da Terceira Revolução Industrial. Primeiro, essas alterações vão afetar de forma diferente os diferentes tipos de empresas. “Hoje, temos um leque de empresas envolvidas em sistemas produtivos que apresentam perfis muito distintos. Essas tecnologias vão influenciar essas empresas de maneira muito diferente”, acrescenta.
Segundo, haverá distinção nos impactos dessas tecnologias em indústrias da América Latina e, mais especificamente, do Brasil, em relação aos países mais ricos. “Estamos competindo de maneira muito diferente dos países desenvolvidos”, destaca.
O terceiro aspecto se refere aos recursos humanos. “Já temos discussões sobre a falta de pessoas para desenvolver e utilizar essas tecnologias. Mesmo em países desenvolvidos discute-se esse déficit de gente qualificada”, nota o professor. “Falamos do desenvolvimento tecnológico, agora precisamos investir no desenvolvimento de pessoas. As previsões sobre essa próxima revolução industrial precisam ser relativizadas por outras previsões, que tratam do perfil do trabalhador e das formas de organização do trabalho”, conclui.
Outros palestrantes – David Dornfeld, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA); Peter Heinncke, do Instituto de Clima, Meio Ambiente e Energia (Alemanha); e Christophe Dejours, do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios (França) são alguns dos seis especialistas estrangeiros com presenças confirmadas na 2ª Conferência USP sobre Engenharia.
Além dos convidados estrangeiros, participarão especialistas das engenharias da USP de São Paulo e São Carlos, como Vahan Agopyan, do Departamento de Engenharia de Construção Civil, que hoje ocupa o cargo de pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade.
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O mundo, após a segunda metade do século XX, depois da Segunda Guerra Mundial, ingressou em uma etapa de profundas evoluções no campo tecnológico desencadeada principalmente pela junção entre conhecimento científico e produção industrial. O processo industrial pautado no conhecimento e na pesquisa caracteriza a chamada Terceira Revolução Industrial.
Nessa etapa ou fase produtiva, todos os conhecimentos gerados em pesquisas são repassados quase que simultaneamente para o desenvolvimento industrial.

A Terceira Revolução Industrial ou Revolução Tecno-científica permitiu o desenvolvimento de atividades na indústria que aplicam tecnologias de ponta em todas as etapas produtivas. A produção de tecnologias é um ramo que apresenta como um dos mais promissores no âmbito global.
Essa nova fase produtiva não se limita a produtos de pouco valor agregado, como nas revoluções industriais anteriores, pelo contrário, o conhecimento inserido, no qual foram gastos anos de estudos e pesquisas, agregam elevados valores no produto final, mesmo que tenha sido gastos pouca quantidade de matéria-prima.
Nesse sentido, as atividades que mais se destacam no mercado estão vinculadas à produção de computadores, softwares, microeletrônica, chips, transistores, circuitos eletrônicos, além da robótica com grande aceitação nas indústrias, telecomunicações, informática em geral. Destacam-se ainda a expansão de transmissores de rádio e televisão, telefonia fixa, móvel e internet, indústria aeroespacial, biotecnologia e muitas outras inovações.
É bom ressaltar que a inovação de um dos itens citados contribui diretamente ou indiretamente para o desenvolvimento de outro, desse modo, fica evidente que ocorre uma intensa interdependência entre eles.
No mundo capitalista, a inserção de tecnologias e o aprimoramento constante da mesma promovem uma dinamização produtiva, intensifica o trabalho, cria produtos e mercadorias de maior qualidade para concorrer em um mercado cada vez mais competitivo, gera diminuição de custos. Esse processo desencadeia uma enorme acumulação de capitais pelos donos dos meios de produção que posteriormente serão usados para realizar investimentos no desenvolvimento de novos produtos e na geração de inéditas tecnologias de ponta, sempre a serviço da indústria.
Nessa etapa ou fase produtiva, todos os conhecimentos gerados em pesquisas são repassados quase que simultaneamente para o desenvolvimento industrial.

A Terceira Revolução Industrial ou Revolução Tecno-científica permitiu o desenvolvimento de atividades na indústria que aplicam tecnologias de ponta em todas as etapas produtivas. A produção de tecnologias é um ramo que apresenta como um dos mais promissores no âmbito global.
Essa nova fase produtiva não se limita a produtos de pouco valor agregado, como nas revoluções industriais anteriores, pelo contrário, o conhecimento inserido, no qual foram gastos anos de estudos e pesquisas, agregam elevados valores no produto final, mesmo que tenha sido gastos pouca quantidade de matéria-prima.
Nesse sentido, as atividades que mais se destacam no mercado estão vinculadas à produção de computadores, softwares, microeletrônica, chips, transistores, circuitos eletrônicos, além da robótica com grande aceitação nas indústrias, telecomunicações, informática em geral. Destacam-se ainda a expansão de transmissores de rádio e televisão, telefonia fixa, móvel e internet, indústria aeroespacial, biotecnologia e muitas outras inovações.
É bom ressaltar que a inovação de um dos itens citados contribui diretamente ou indiretamente para o desenvolvimento de outro, desse modo, fica evidente que ocorre uma intensa interdependência entre eles.
No mundo capitalista, a inserção de tecnologias e o aprimoramento constante da mesma promovem uma dinamização produtiva, intensifica o trabalho, cria produtos e mercadorias de maior qualidade para concorrer em um mercado cada vez mais competitivo, gera diminuição de custos. Esse processo desencadeia uma enorme acumulação de capitais pelos donos dos meios de produção que posteriormente serão usados para realizar investimentos no desenvolvimento de novos produtos e na geração de inéditas tecnologias de ponta, sempre a serviço da indústria.
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