3- Descreva brevemente sobre essas três classes sociais dos egípcios: Faraó, Sacerdotes e Escribas.
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Explicação:
Os Escribas representavam uma classe de notório destaque no Antigo Egito, eram os responsáveis pela arte da escrita. Cabia a eles registrar todos os acontecimentos do Império Egípcio, além de desenvolver outras funções tais como arquivista, copista, contador ou secretário.
A sociedade no Antigo Egito era altamente hierarquizada e de difícil mobilidade. As pessoas normalmente estavam determinadas em seus nascimentos a pertencer a uma das classes sociais existentes. Isso porque na cultura da época as profissões e situações sociais eram transmitidas por hereditariedade, de pai para filho. Assim, esperava-se que o filho seguisse a profissão e o enquadramento social de seu pai.
Na pirâmide social do Império Egípcio ocupava o primeiro lugar, no topo, o Faraó. Este, que era o monarca, era considerado como descendente direto do deus Horus, desfrutando de um reconhecimento divino e respeitado por seus atos sagrados. Seus poderes eram ilimitados. Logo abaixo do Faraó na escala social estavam os Sacerdotes, estes eram encarregados dos rituais e das crenças religiosas. Por se tratar de uma sociedade extremamente atrelada à religião, os Sacerdotes desfrutavam de incríveis poderes e prestígio social. Em muitas ocasiões, os Sacerdotes dos templos mais importantes no Egito realizavam as ações que caberiam ao próprio Faraó.
Em terceiro lugar na sociedade egípcia estavam os Escribas, os quais eram conhecedores da leitura e da escrita. Dotados de amplos conhecimentos e respeitados pela grande importância no Império, os Escribas eram os encarregados de registrar todos os acontecimentos do Egito, além de escrever sobre a vida dos Faraós e redigir os documentos administrativos do Antigo Egito. Em último lugar, integrando a massa da população no Egito, estavam os agricultores e os trabalhadores desocupados, que não desfrutavam de privilégios e ainda eram sobrecarregados com os impostos exigidos pelo monarca.
Os Escribas eram provenientes de famílias egípcias ricas e poderosas, havia todo um investimento para que aprendessem a ler e escrever para que pudessem dar conta de um pesado trabalho administrativo no Antigo Império Egípcio. Somente os Escribas podiam seguir uma carreira no serviço público do Egito, uma vez que a escrita era ferramenta exclusiva de uma profissão especializada.
Eram numerosas as exigências para a carreira de um Escriba no Antigo Egito, o jovem que almejava pleitear tal serviço público deveria passar por uma formação especial na qual envolvia o conhecimento de muitas ciências. Aqueles que passavam pela escola de escribas em Mênfis, mais tarde transferida para Tebas, aprendiam não só ler e escrever, mas também desenhar com muita habilidade, dominar o idioma, a literatura e a história do país. Somavam-se ainda os amplos conhecimentos de matemática, agrimensura, processos administrativos, mecânica e desenho arquitetônico.