História, perguntado por theresasauanna, 4 meses atrás

3)comente sobre a descoberta do ouro em Portugual.​

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Respondido por kimaisha629
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Durante os 60 anos que tinha durado a Dinastia Filipina (de 1580 a 1640), Portugal tinha vivido numa união pessoal com Espanha, onde o Rei de Espanha era simultaneamente o Rei de Portugal, a qual deixou o seu comércio bastante arruinado, com os negócios da Índia numa completa decadência e com a marinha mercante praticamente destruída.

Mas, apesar de tudo, durante a dominação filipina, tinha aumentado muito a exploração econômica do Brasil. Nos primeiros tempos, os portugueses apenas comercializavam pau-brasil, mas não tardou para que aproveitassem os terrenos férteis e instalassem grandes engenhos de açúcar e, depois, grandes plantações de tabaco. Em seguida, aventureiros filhos de índios e portugueses, os bandeirantes, rasgaram os caminhos do sertão à procura de escravos índios, pedras preciosas e lugares para se criar gado, fazendo, do Brasil, o principal fornecedor de cabedais da Europa.

Entretanto, em Portugal, depois do golpe de estado de restauração da independência, em 1640, a guerra da restauração com Espanha continuava. Foi uma longa guerra que se prolongou durante vinte e sete anos, terminando em 1668 com o Tratado de Lisboa assinado pelos reis de Portugal e Espanha e onde se reconhece a total independência de Portugal. Mas, logo depois de feita a paz, o conde de Ericeira procurou restituir a independência de Portugal sob o ponto de vista económico: criou fábricas de papel, de vidro, de curtumes, de sedas...

E é então neste contexto que, nos últimos anos do século XVII, se descobrem os grandes aluviões de ouro da região que, a partir de então, recebeu o nome de Minas Gerais.

Quando chegaram ao Brasil, os primeiros exploradores portugueses buscavam ouro e metais preciosos, pois acreditava-se que os havia no seu território. Mas, no início e durante os primeiros dois séculos de ocupação portuguesa, as excursões pioneiras no litoral e interior do país não trouxeram muitos resultados, ainda que estas riquezas abundassem em várias zonas do Brasil, como mais tarde se viria a descobrir.

No fim do século XVII, a prosperidade dos engenhos açucareiros das colônias holandesas, francesas e inglesas da América Central fez a produção de açúcar no território brasileiro enfrentar uma séria crise. Foi então que a Coroa Portuguesa começou a estimular os seus funcionários e a população da colônia, principalmente a do Planalto de Piratininga, atual cidade de São Paulo, a desbravar as terras ainda desconhecidas em busca de minerais preciosos, nomeadamente ouro.

Muitos exploradores morreram à procura de joias e pedras preciosas, tal como o bandeirante Fernão Dias Paes Leme, que morreu em 1681 à procura de esmeraldas. Finalmente, nos últimos anos do século XVII, os primeiros exploradores descobriram esse tipo de riqueza no Brasil.

Foi nos sertões de Taubaté que, em 1697, se deu a primeira grande descoberta, consistindo em "dezoito a vinte ribeiros de ouro da melhor qualidade", conforme anunciou o então governador do Rio de Janeiro, Castro Caldas. Em janeiro deste mesmo ano, a Coroa havia enviado uma Carta Régia ao governador Arthur de Sá onde se comprometia com uma ajuda de custos à busca pelos metais preciosos de 600 000 reais por ano e onde se dizia que se dariam aos paulistas beneméritos "as mesmas honras, e mercês de hábitos, e foros de fidalgos da Casa", desde que encontrassem e explorassem as lavras auríferas. Foi o início da primeira "corrida ao ouro" da história moderna.[10] Em 1719, a bandeira de Pascoal Moreira Cabral descobriu ouro em Mato Grosso.[11] Em 1725, foi descoberto ouro na Vila Boa de Goiás.[12] O suprimento de homens e mercadorias para essas regiões passou a se dar através das monções.[13]

etc.

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