ENEM, perguntado por Matheus12000, 1 ano atrás

20 de julho de 1955


Deixei o leito as 4 horas para escrever. Abri a porta e contemplei o céu estrelado. Quando o astro-rei começou despontar eu fui buscar água. Tive sorte! As mulheres não estavam na torneira. Enchi minha lata e zarpei. (...) Fui no Arnaldo buscar o leite e o pão. Quando retornava encontrei o senhor Ismael com uma faca de 30 centimetros mais ou menos. Disse-me que estava a espera do Binidito e do Miguel para matá-los, que êles lhe expancaram quando êle estava embriagado.
Lhe aconselhei a não brigar, que o crime não trás vantagens a ninguem, apenas deturpa a vida. Senti o cheiro do alcool, disisti. Sei que os ébrios não atende. O senhor Ismael quando não está alcoolizado demonstra sua sapiencia. Já foi telegrafista. E do Circulo Exoterico. Tem conhecimentos bíblicos, gosta de dar conselhos. Mas não tem valor. Deixou o alcool lhe dominar, embora seus conselho seja util para os que gostam de levar vida decente.
Preparei a refeição matinal. Cada filho prefere uma coisa. A Vera, mingau de farinha de trigo torrada. O João José, café puro. O José Carlos, leite branco. E eu, mingau de aveia. Já que não posso dar aos meus filhos uma casa decente para residir, procuro lhe dar uma refeição condigna.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo.

Carolina Maria de Jesus era catadora de lixo e registrava o cotidiano de sua comunidade em cadernos que encontrava no próprio lixo. Um aspecto da composição estrutural do texto em análise que o caracteriza como um diário é


o registro dos fatos em uma perspectiva pessoal.

o uso de vocabulário erudito e coloquial.

os desvios gramaticais comuns na modalidade oral.

a irrelevância dos acontecimentos apresentados.

a presença de informações desnecessárias.

Soluções para a tarefa

Respondido por FELIPE0798
10
O uso de vocabulário erudito e coloquial.
Respondido por lucaaraujo4
5
o uso de vocabulário erudito e coloquial...

Abraços
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