Question

2)
(UNIFESP-2007) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e monárquico, os escravos eram numerosos e empregados nas mais diversas atividades.Compare a escravidão nessas duas sociedades, mostrando sua.
a) semelhanças
.b) diferenças.

Answer 1

Respondendo as duas de uma só vez:

Quando se faz a comparação da sociedade na Roma antiga com o cenário brasileiro, nos deparamos com a seguinte questão, qual a diferença entre uma sociedade escravista e uma sociedade com escravos?
O que caracteriza uma sociedade com escravos é o fato de não existir diferenças entre homens livres e possuidores de escravos, pra ser mais claro, os escravos nessa sociedade eram em sua maioria prisioneiros de guerra ou devedores, quem conseguia o "direito" sobre estes, não era colocado em um patamar mais alto socialmente, por causa dessa posse, já numa sociedade escravista, o possuidor de escravos tinha um patamar social mais alto, quanto mais escravos, maior o seu "status", isso era o que os diferia de homens livres. Em ambas as sociedades haviam homens livres, trabalhadores, artesãos, comerciantes, mas somente na sociedade escravista, estes homens tinham menor valor que os possuidores de escravos.
Aí fica fácil, o Brasil colonial era uma sociedade escravista, onde os senhores de engenho com maior número de escravos em sua posse, tinham maior domínio social e politico na região, os escravos eram tirados de sua origem e obrigados a trabalhar. Já a Roma antiga era uma sociedade com escravos, onde maioria era fruto de aprisionamento de guerras, onde era tirado de seu território e levado para os domínios de Roma, alguns casos, estes ainda tinham a companhia de suas famílias e os trabalhadores não eram diferenciados dos outros homens por não possuir ou possuir escravos.
Uma grande semelhança, se não a maior e que vale sempre a pena fazer essa associação é que no Brasil os escravos eram sinônimo de comercio, mercadoria, surge nessa época a ideia da "cosificação do homem", o escravo era apenas uma moeda de troca, o que de fato, também acontecia da Roma antiga, o escravo era uma forma de ter algo em troca, uma espécie de aquisição de poder.