2. Identifique nos fragmentos abaixo, características românticas
que neles predominam:
a)
“Ó anjo do meu Deus, se nos meus sonhos
A promessa do amor me não mentia,
Concede um pouco ao infeliz poeta
Uma hora da ilusão que o embebia!”
(Junqueira Freire)
b)
“E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro.”
(Álvares de Azevedo)
c)
“Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz - e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.”
(Álvares de Azevedo)
d)
“Morrer... quando este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas;
Não! o seio da amante é um lago virgem...
Quero boiar à tona das espumas.”
(Castro Alves)
e)
“Aqui sobre esta mesa junto ao leito
Em caixa negra dois retratos guardo.
Não os profanem indiscretas vistas.
Eu beijo-os cada noite: neste exílio
Venero-os juntos e os prefiro unidos
- Meu pai e minha mãe - Se acaso um dia
Na minha solidão me acharem morto,
Não os abra ninguém. Sobre meu peito
Lancem-os em meu túmulo mais doce
Será certo o dormir da noite negra
Tendo no peito essas imagens puras.”
(Álvares de Azevedo)
f)
“Meu amor...Meu amor é um delírio...
É a volúpia, que abrasa e consome
Meu amor é uma mescla sem nome.
És um anjo, e minh’alma - um altar
Oh! meu Deus! manda ao tempo, que fuja,
Que deslizem em fio os instantes,
E o ponteiro, que passa os quadrantes,
Marque a hora em que a possa beijar!”
(Castro Alves)
g)
“Fugiremos à pátria. Iremos longe
Habitar num deserto. No meu peito
Eu tenho amores para encher de encantos
Uma alma de mulher... Por que sorriste?
Sou um louco. Maldita a folha negra
Em que Deus escreveu a minha sina...”
(Álvares de Azevedo)
h)
“Meu peito de gemer já está cansado,
Meus olhos de chorar;
E eu sofro ainda, e já não posso alívio
Sequer no pranto achar!”
(Gonçalves Dias)
i)
“Basta!... Eu sei que a mocidade
É o Moisés no Sinai;
Das mãos do eterno recebe
As tábuas da lei! - Marchai!
Quem cai na luta com glória,
Tomba nos braços da História
No coração do Brasil!
Moços, do topo dos Andes,
Pirâmides vastas, grandes,
Vos contemplam séculos mil!”
(Castro Alves)
j)
“Não achei na terra amores
Que merecessem os meus,
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu - adeus.”
(Junqueira Freire)
l)
“Sombras do vale, noites da montanha,
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!”
(Álvares de Azevedo)
m)
“Eu amo a noite quando deixa os montes
Bela, mas bela de um horror sublime,
E sobre a face dos desertos quedos
Seu régio selo de mistério imprime”.
(Fagundes Varela)
Soluções para a tarefa
Respondido por
22
A hipervalorização dos sentimentos e das emoções pessoais. A individualidade como refúgio proporciona também a evasão para mundos distantes como forma de escapar a sua realidade. O culto à natureza ganha traços diferenciados no romantismo pois, a partir de agora, passa a funcionar não apenas como pano de fundo para as histórias mas também, passa a exercer profundo fascínio pelos artistas. Além disso, a natureza passa a entrar em contato com o eu romântico, refletindo seus estados de espírito e sentimentos.
Perguntas interessantes
Matemática,
9 meses atrás
Geografia,
9 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Geografia,
1 ano atrás