2. Escreva as principais características dos grupos abaixo:
A) Pré-australopitecos
B) Autralopitecos:
C) Género Homo
D) Homem moderno:
Soluções para a tarefa
Resposta:
Os australopitecos (Australopithecus) (Latim australis "do sul", Grego pithekos "macaco") constituem um género de diversos hominídeos extintos, bastante próximos aos do género Homo e, dentre eles, o A. afarensis e o A. africanus são os mais famosos. O A. africanus, primeiro descrito por Raymond Dart, com base no "crânio Infantil de Taung", datado em 2,5 a 2,9 milhões de anos, foi considerado durante muito então o ancestral direto do género Homo (em especial da espécie Homo erectus).
As descobertas recentes de outros fósseis de hominídeos, mais antigos que o A. africanus e que, contudo, parecem pertencer ao género Homo, colocaram em dúvida aquela teoria: ou o género Homo se separou do Australopithecus anteriormente do que se pensava (o ancestral comum mais antigo que se conhece pode ser o A. afarensis ou outro ainda mais antigo), ou então ambos se desenvolveram independentemente a partir dum outro ancestral comum, ainda desconhecido.
Os australopitecíneos parecem ter aparecido há cerca de 3,9 milhões de anos. Os cérebros da maior parte das espécies de Australopithecus conhecidas eram sensivelmente 35 % menores que o do Homo sapiens e os próprios animais tinham pequeno tamanho, geralmente não mais de 1,2 m de altura. Em diversas espécies é considerável o grau de dimorfismo sexual, machos sendo maiores que as fêmeas. Os seres humanos modernos não parecem exibir o mesmo grau de dimorfismo sexual que os Australopithecus tinham. Em populações modernas, os machos são, em média, apenas 15% maiores que as fêmeas, enquanto que nos Australopithecus, os machos poderiam ser até 50% maiores que as fêmeas. Além disso, modelos termorreguladores sugerem que as espécies de Australopithecus eram completamente cobertas de pelo, mais como chimpanzés e bonobos, ao contrário dos humanos moderno. O nome significa “macaco austral”.
O registro fóssil parece indicar que o género Australopithecus é o ancestral comum do grupo de hominídeos distintos reconhecidos nos géneros Paranthropus e Homo. Ambos géneros eram formados por seres mais avançados no seu comportamento e hábitos que os Australopithecus, sendo que estes eram praticamente tão inteligentes quanto os chimpanzés. Contudo, apenas os representantes do género Homo viriam a desenvolver a linguagem e a aprender a controlar o fogo.
A reconstrução do comportamento social de espécies fósseis extintas é difícil, mas a estrutura social dos Australopithecus seria provavelmente comparável à dos macacos modernos, dada a diferença média de tamanho corporal entre machos e fêmeas (dimorfismo sexual). Os machos eram substancialmente maiores que as fêmeas. Se as observações sobre a relação entre o dimorfismo sexual e a estrutura do grupo social dos macacos modernos forem aplicadas aos Australopithecus, essas criaturas provavelmente viviam em pequenos grupos familiares contendo um macho dominante e várias fêmeas reprodutoras (poligamia), talvez com a presença de machos submissos aos dominantes.
Um estudo de 2011 que utilizou razões de isótopos de estrôncio em dentes fossilizados também sugeriu que cerca de 2 milhões de anos atrás, entre os grupos de Australopithecus e de Paranthropus do sul da África, as fêmeas tendiam a se estabelecer mais longe da sua região de nascimento do que os machos, ou seja a espécie tinha um sistema patrifocal.
Outros estudos mostraram que poderia haver uma sobreposição substancial de tamanho entre machos e fêmeas. Isto, juntamente com a redução dos dentes caninos, tem sido argumentado para sugerir que os Australopithecus machos e fêmeas eram monogâmicos (ou pelo menos algumas espécies; cabe frisar que "monogamia" não implica fidelidade sexual). Os machos podem ter se envolvido no comportamento de provisão (que pode ter iniciado com seus antepassados Ardipithecus), e a necessidade de levar comida para as fêmeas pode ter levado à evolução do bipedalismo. O dimorfismo sexual então começou a diminuir. Porém estudos sugerem que o dimorfismo sexual alcançou níveis humanos modernos somente no tempo do Homo erectus 0,5 a 2 milhões de anos atrás.
Apesar de haver diferenças de opinião a respeito das espécies aethiopicus, boisei e robustus deverem ser incluídas no género Australopithecus, o consenso actual na comunidade científica é de que eles devem ser colocados no género Paranthropus, que se pensa ter-se desenvolvido a partir do ancestral Australopithecus. Paranthropus, que é mais maciço e robusto e também morfologicamente diferente dos Australopithecus, com a sua fisiologia especializada, deve ter tido um comportamento bastante diferente do seu ancestral.
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